A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo (PT-ES) irá se reunir na noite da próxima segunda-feira (25) para analisar a conjuntura política atual do país e discutir se sairá da base aliada do governo Paulo Hartung (PMDB).
A discussão renasce após o PMDB ter sido peça essencial na admissibilidade do processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT), mesmo tendo permanecido na base aliada governista até o dia 29 de de março. Givaldo Vieira, deputado federal do Espírito Santo pelo PT, é quem dá mais força ao desembarque.
“Eu, como estou envolvido nessa questão nacional, desde antes já tinha adiantado minha posição pessoal de que, dada a movimentação do PMDB na articulação do golpe, seria insustentável permanecer no governo do Estado”, disse. “A votação de domingo só deixou clara a minha base de avaliação e agora eu tenho visto vários dirigentes provocando novamente a direção”.
Givaldo afirmou também que, após o ocorrido na Câmara, o PT do Estado deve mesmo decidir pelo desembarque do governo Paulo Hartung, que tem em seus cargos alguns petistas, como João Coser na Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano e Lúcia Dornellas como subsecretária de Estado de Trabalho, Emprego e Geração de Renda. “Acredito que após a votação de domingo fica absolutamente insustentável a relação”, finalizou.
O presidente do PT do Estado, Genivaldo Lievore, até pela posição que ocupa, não quis manifestar sua decisão pessoal. Mas confirmou que a executiva estadual se reunirá na próxima segunda-feira para debater, entre outros assuntos, a relação com o governo do Estado. “A executiva vai discutir e depois será convocado o diretório para também fazer a sua análise”.