Política

Randolfe Rodrigues vem ao Estado "aquecer" visita de Marina Silva

O senador participará de duas atividades nos municípios de Cariacica e Serra, ambas ligadas ao atual momento de turbulência na política brasileira

O senador é esperado para evento no Espírito Santo. Foto: Agência Senado

O senador da República, Randolfe Rodrigues (Rede/AP), estará no Espírito Santo no dia 14 de abril para participar de duas atividades que antecederão a vinda de Marina Silva, que ainda não tem dada para acontecer. 

Primeiramente, Randolfe participará de um debate sobre a crise político-econômica do Brasil com alunos de uma escola municipal de Cariacica. Logo após, o senador segue para a Serra, onde participará de um evento com o prefeito Audifax Barcelos (Rede), o deputado estadual Marcos Bruno (Rede), vereadores do município e outros filiados na sede municipal do partido, em Laranjeiras.

“Acho que vai ser um evento muito representativo sobre a questão trabalhada pela Rede no cenário nacional, que é a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE e a campanha pela convocação de novas eleições gerais”, destacou o presidente estadual da Rede, Gustavo de Biase.

“Entendemos que o impeachment não resolve o problema. O PMDB que construiu essa crise e é legítimo que se houver crime os dois [Dilma e Temer] sejam cassados”, complementou De Biase.

O senador endossou a fala do presidente da Rede do Estado. “Estamos numa posição que não é nem impeachment, de um lado, nem a inexistência de responsabilidade de Dilma, do outro. Acho que o que foi revelado na Lava Jato mostra claramente que a chapa Dilma-Temer captou dinheiro indevidamente. Mas por outro lado não considero que é bom remédio a saída do PT e assumir uma nova chapa do PMDB tendo Eduardo Cunha, o principal réu da Lava Jato, como vice”, comentou Randolfe.

Questionado sobre o taxamento de “petistas enrustidos” que muito se faz aos integrantes da Rede e do Psol, por terem ex-filiados do partido dos trabalhadores e terem uma posição menos categórica do que os demais, Randolfe Rodrigues afirmou que tem orgulho de sua trajetória no PT quando era jovem, mas que a sigla certamente não é mais a mesma de antes.

“Eu particularmente tenho muito orgulho da minha trajetória política. Apostei os melhores dias da minha vida na construção do projeto político libertador do PT. Com eles aprendi a não acumular riqueza na política e tenho isso como trajetória. Mas o PT de hoje não é mais o mesmo. Portanto, não aceito essa alegação que procura rotular todos os progressistas de esquerda como petistas. Não aceito porque os melhores valores, libertários e de justiça no mundo, vem do ideal de esquerda”, finalizou o senador.