Política

Regras para vetos e orçamento de 2015 entram em pauta no dia 24

Segundo a proposta, a votação do veto será nominal e por meio de cédula com identificação do parlamentar. Na cédula constarão todos os vetos incluídos na Ordem do Dia agrupados por projeto

Parlamentares votam na segunda mudanças nas regras que determinam forma de apreciar veto presidencial Foto: ​Agência Senado

A sessão do Congresso Nacional marcada para o dia 24, às 19h, terá pauta cheia. São quatro vetos presidenciais, um projeto de resolução que modifica justamente o exame de vetos (PRN 1/2015) e a proposta de orçamento para 2015 (PLN 13/2014). A pauta foi lida em Plenário nesta sexta-feira (13) pela senadora Ana Amélia (PP-RS).

Com a decisão do relator do orçamento, Romero Jucá (PMDB-RR), de incluir emendas de novos parlamentares eleitos em outubro passado, a proposta pode não ser examinada no dia 24. Jucá deu prazo até o dia 23 para o encaminhamento dessas novas emendas aos líderes de bancadas.

O PRN 1/2015 torna mais moderna e célere a apuração dos vetos presidenciais, que será feita por cédula de votação que permita a apuração eletrônica. Segundo a proposta, a votação do veto será nominal e por meio de cédula com identificação do parlamentar. Na cédula constarão todos os vetos incluídos na Ordem do Dia agrupados por projeto.

Até o início das votações, os parlamentares poderão apresentar destaques, nome dado a sugestões de mudanças pontuais no texto de uma proposição legislativa. A quantidade de destaques, porém, estará limitada ao tamanho de cada bancada. De 5 a 24 deputados ou de 3 a 5 senadores, um destaque; de 25 a 49 deputados ou de 6 a 11 senadores, dois destaques; de 50 a 74 deputados ou  de 12 a 17 senadores, três destaques; e 75 ou mais deputados ou 18 ou mais senadores, quatro destaques.

Os vetos incluídos na pauta do dia 24: 31/2014, 32/2014, 33/2014 e 34/2014.

Ciência e Tecnologia

Ana Amélia ainda leu o comunicado da convocação de sessão solene do Congresso Nacional, no dia 26 de fevereiro, às 11 hs, para a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 85, que altera e adiciona dispositivos da Constituição  para assegurar que as atividades de ciência, tecnologia e inovação sejam assunto prioritário de Estado. A emenda é proveniente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2014, aprovada pelo Senado em dezembro.

A intenção é impulsionar a pesquisa nacional e a criação de soluções tecnológicas que melhorem a atuação do setor produtivo. As modificações constitucionais também permitirão a integração entre instituições de pesquisa tecnológica e empresas, aliando os esforços para desenvolvimento do país.

Orçamento Impositivo

No final da sessão desta sexta-feira, também foi lido o expediente da Câmara dos Deputados que encaminhou, para promulgação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22/2000. A mudança no texto constitucional torna obrigatória a execução obrigatória das emendas parlamentares individuais ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior.

A nova emenda constitucional exige, ainda, que metade dessas emendas seja aplicada obrigatoriamente na área de saúde, inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não para o pagamento de pessoal ou encargos sociais.

O texto também estabelece um percentual mínimo de investimento em ações e serviços públicos de saúde pela União, a ser alcançado gradualmente ao longo de cinco anos a partir do ano subsequente ao da promulgação da PEC. A União deverá, no final dos cinco anos, destinar 15% da RCL para a área.

Atualmente, somente os estados e municípios têm percentuais definidos pela lei que regulamentou a Emenda Constitucional 29 (12% e 15%, respectivamente). O mínimo a ser aplicado pela União é definido com base no valor empenhado no ano anterior, acrescido da variação nominal do produto interno bruto (PIB), o que hoje representa em torno de 13% da RCL.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)