Política

Réu no mensalão mineiro, Clésio desiste de candidatura ao governo de Minas

O senador Clésio Andrade (PMDB) retirou, nesta quarta-feira, 23, a sua pré-candidatura ao governo de Minas. Com a medida, Andrade acata decisão da maioria da Executiva Estadual do partido, que apoia a pré-candidatura do presidente do PMDB de Minas Gerais, o ex-ministro Antônio Andrade, a vice-governador na chapa do candidato do PT ao governo, Fernando Pimentel.

Clésio, que foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio Neves como governador de Minas (2003-2006), é o único réu da ação do mensalão mineiro que ainda tramita no Supremo Tribunal Federal. O senador é acusado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro na denúncia que apontou desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Réu em outra ação do mensalão mineiro que também tramitava no STF, Azeredo renunciou em fevereiro ao mandato de deputado federal, o que levou seu processo para a primeira instância em Minas.

Por meio de nota, Clésio Andrade alega que, ao abrir mão da pré-candidatura, atende aos “anseios da base partidária”, mesmo “tendo certeza de vitória na convenção”. Apesar da desistência de Andrade significar um passo importante na direção de uma aliança com o PT em Minas, o deputado federal Leonardo Quintão, presidente do PMDB municipal, insiste no lançamento de uma candidatura própria.

De acordo com Antônio Andrade, a maioria dos deputados estaduais e federais do partido quer a composição com o PT. Ex-ministro da presidente Dilma Rousseff, Andrade vem trabalhando pela manutenção da aliança com os petistas também em Minas. “É o melhor cenário para o PMDB e para o PT”, avalia.

Essa composição incluiria a indicação do empresário Josué Gomes – filho do ex-vice-presidente José Alencar – para ser lançado na chapa como candidato ao Senado pelo PMDB.