O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, fizeram um balanço da educação por meio de uma live no Facebook na manhã desta terça-feira (07). Durante a transmissão, também estavam presentes assessores da pasta e o ministro-chefe da Casa Civil Onyz Lorenzoni.
O presidente e o ministro também fizeram críticas aos livros didáticos que foram entregues nos últimos anos pelo governo federal. Sem provas e sem dar nome às obras, Bolsonaro disse que os livros “deseducavam a garotada”.
Entre as principais iniciativas do governo está o programa “Conta pra mim”, que incentiva os pais a lerem para os filhos. Ao lembrar do programa, Bolsonaro comentou: “O que estava nos livros escolares é uma vergonha, livros péssimos que chegavam e deseducavam a galera. Sai o kit gay e entra a leitura em família.”
O ministro da educação também afirmou que já tirou “muita porcaria” das escolas, mas que alguns livros escolhidos nos governos anteriores ainda são distribuídos em razão de contratos. “A gente já deu uma boa limpada, já saiu muita porcaria, mas ainda vão alguns que a gente não gosta”.
Ao longo da conversa, Bolsonaro e Weintraub voltaram a fazer críticas a Paulo Freire e aos governos do PT. O presidente e o ministro exaltaram o programa das escolas cívico-militares, promessa de campanha de Bolsonaro.
Sobre o Enem, o presidente ressaltou mudanças as mudanças do ano passado. Weintraub apontou as principais melhorias: “(Na edição anterior), o Enem teve linguagem secreta dos gays. O do ano passado foi tão bom que não teve um jornaleco para comparar. Acabou a balburdia. Tem que estudar”, apostou.
Números
De acordo com o governo, a Política Nacional de Alfabetização (PNA) agora é baseada em evidências científicas, e que pela primeira vez o Brasil participará de avaliação internacional para orientar as políticas educacionais.
Um dos pontos centrais no balanço apresentado pelo Governo Federal são as escolas cívico-militares, com um modelo de ensino, que segundo o governo, irá apresentar mais disciplina, segurança, respeito e qualidade na aprendizagem. Com um investimento de R$ 54 milhões, inicialmente, 54 escolas vão contar com uma gestão compartilhada entre corpo docente e militares. O objetivo é que, até 2023, o Brasil tenha 216 instituições neste modelo.
Com o foca na educação conectada, a meta é que 100% das escolas públicas em área urbana tenham acesso a internet de alta velocidade. Para isso, segundo o balanço, o MEC investiu um total de R$ 224 milhões ao longo de 2019.
No quesito educação profissional e tecnológica, o governo afirma que os institutos federais receberam mais de R$ 252 milhões em 2019. E a meta, até 2023, é que o número de alunos em cursos profissionalizantes suba de 1,9 milhões para 3,4 milhões. Além da capacitação de 40 mil professores.