Política

Senado aprova aumento do limite de idade para órfãos receberem benefício do INSS

Projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Sociais da Casa e, se não houver recurso, segue direto para análise da Câmara dos Deputados

Foto: Divulgação

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (29), um projeto de lei que estende de 21 para 24 anos o limite de idade para órfãos receberem pensão por morte. A proposta, da senadora Rose de Freitas (PODE-ES), foi chancelada em caráter terminativo e, se não houver recurso, segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

Na justificativa do PLS 19/2017, Rose argumenta que a interrupção do benefício aos 21 anos pode prejudicar a conclusão dos estudos dos jovens. “A interrupção abrupta do benefício no auge dos estudos escolares ou universitários tem provocado a evasão escolar e universitária por absoluta ausência de condições financeiras para prosseguirem com os estudos”, avaliou.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da proposta, afirmou que aos 21 anos o jovem ainda não teve a oportunidade de se inserir no mercado de trabalho. Ele avalia que o projeto contribui para a formação educacional da juventude. “A justificativa da proposição reside na necessidade de se evitar a inserção prematura do jovem no mercado de trabalho, garantindo a ele o período necessário para concluir os seus estudos universitários”, pontuou.

Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Adriane Bramante, a iniciativa vai além do viés educacional. “Quando você estende o benefício para o jovem estudar, está beneficiando não só o jovem individualmente, mas toda a nação, pois a educação faz parte do crescimento do país”, disse.

Pelo projeto, o beneficiário deverá comprovar o vínculo escolar para ter acesso à pensão por morte do INSS até os 24 anos. Pessoas com invalidez, deficiência intelectual ou mental, ou algum outro tipo de deficiência grave ficam dispensadas da comprovação do vínculo escolar.