O senador boliviano, Roger Pinto Molina, que está asilado no Brasil, participou de um fórum no Espírito Santo, nesta segunda-feira (03). No evento foram discutidas questão sobre Liberdade e Democracia. Ele chegou ao Estado no último sábado (01), e foi recebido pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB).
Molina,ficou asilado na embaixada do Brasil em La Paz por mais de um ano e de onde saiu, em agosto do ano passado, em um episódio que contou com a atuação do diplomata Eduardo Saboia e do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O Fórum também abordou questões e propostas para o novo ciclo político que se inicia após as eleições deste ano.
Antes da realização do evento, o presidente do Instituto Líderes do Amanhã, Orlando Bolsanelo Caliman, destacou a importância da abordagem. “Vamos discutir esse novo ciclo político-econômico do Brasil, sob uma perspectiva diferente do dia a dia. Observaremos o cenário de forma consciente, analisando as tomadas de decisões dos Estados de uma maneira menos simplista. Será um momento fundamental para avaliarmos os vários aspectos, ou seja, o que está por trás de algumas posições Estatais”, explicou.
Caso do senador boliviano
Roger Pinto Molina é um dos principais parlamentares de oposição ao governo do presidente boliviano, Evo Morales. Alegando perseguição política, desde 8 de junho de 2012 ele vivia na embaixada brasileira na Bolívia em condição de asilado. Segundo o governo boliviano, o pedido de asilo foi para não responder na Justiça a crimes de danos econômicos ao Estado calculados em pelo menos US$ 1,7 milhões.
A condição para deixar a Bolívia com destino ao Brasil era o presidente Evo Morales conceder um salvo-conduto, que é uma permissão dada a determinada pessoa para que ela transite pelo território com a segurança de não ser presa. A principal polêmica sobre o caso está no fato de Molina ter saído sem receber o salvo-conduto, com o apoio de autoridades brasileiras, e sobre a legitimidade de quem decidiu pela ação.
Chegada ao Brasil
Para chegar ao Brasil, Pinto Molina saiu de carro de La Paz e seguiu até Corumbá (MS). O percurso de mais de 20 horas foi feito por um carro da embaixada brasileira. A autorização foi dada pelo chefe de chancelaria, ministro Eduardo Saboia, que substitui temporariamente o embaixador Marcelo Biato.
De Corumbá, Molina seguiu para Brasília de avião. O parlamentar boliviano desembarcou à 1h10 de domingo (25) no Aeroporto de Brasília, acompanhado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores.
“Quando recebi o comunicado do ministro Eduardo Saboia de que Molina corria o risco de vida, não tive efetivamente outra iniciativa, porque não sei ser omisso quando um semelhante passa por uma dificuldade como essa. Foi um ato de solidariedade humana”, contou Ferraço. (Com informações da Agência Brasil)