Política

Senadores e deputados capixabas dividem opiniões sobre derrota de Lula no STF

O ex-presidente teve o pedido de habeas corpus rejeitado pelos ministros do Supremo

Senadores e deputados capixabas dividem opiniões sobre derrota de Lula no STF
Senador Ricardo Ferraço

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar o pedido de habeas corpus para impedir a prisão antecipada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no processo do tríplex do Guarujá (SP), dividiu opiniões entre senadores e deputados federais do Espírito Santo. Para alguns a decisão foi correta, mas para outros ele não deveria ser preso por condenação em segunda instância.

Nas redes sociais muitos políticos se posicionaram sobre o julgamento antes e depois da decisão. “Nossa democracia sai fortalecida e a impunidade enfraquecida”, destacou o senador Ricardo Ferraço (PSDB), que se mostrou favorável ao resultado.

Também concordando com a decisão, o senador Magno Malta (PR) gravou um vídeo falando sobre o assunto. “Eu votei contra o ministro [Luís Roberto] Barroso, contra [Edson] Fachin e votei aberto, mas hoje quero parabenizar os dois pelo voto que deram em favor do Brasil. Parabéns também a ministra Rosa Weber, pois ela aliviou o Brasil com essa votação. Quem comete crime tem que responder pelo crime”, disse.

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Veja o que destacou alguns dos deputados federais:

Deputados federais que representam o Espírito Santo se manifestaram sobre a decisão do STF. 

“Uma vitória importante do povo brasileiro contra a corrupção e a impunidade. Valeu toda mobilização! Prevaleceu o entendimento da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal a favor da prisão de Lula após condenação em 2ª Instância. A mudança casuística na lei não passou. Que as investigações e futuras condenações da Operação Lava Jato sigam com mais força ainda”, afirmou Lelo Coimbra (MDB).

“Eu não estou me posicionando para produzir nenhum mártir. Lula quer ser conduzido a mártir nacional em caso do STF dizer que o habeas corpus não vai ser concedido. Eu não sou contra o Lula. Eu queria que ele ficasse solto e pudesse disputar eleição, mas se ele cometeu crime e não pode, a culpa não é minha, é dele”, destacou Paulo Foletto (PSB) em um vídeo postado nas redes sociais.

“A minha posição é que o STF deve manter a sua decisão já firmada em 2016, mantendo a prisão após decisão condenatória e de todos os recursos previstos em 2ª instância, independente do réu. Precisamos manter a confiança na justiça brasileira, mas para isso ela deve ser firme em sua própria jurisprudência”, disse Norma Ayub (DEM).

“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, art. 5, LVII”, publicou Givaldo Vieira (PCdoB).

“Não há provas de que Lula cometeu crime. Por isso, ele deve ser julgado pelas urnas. O povo é quem tem o direito de decidir seu futuro!”, alegou Helder Salomão (PT).

“Ele é um condenado de segunda instância como qualquer outro. Temos uma Justiça cheia de recursos que não acabam mais e levam a um único lugar, a impunidade”, declarou Carlos Manato (PSL) em um vídeo postado nas redes sociais.