Somente Dois Gêneros: A Prioridade no Foco Governamental

Recentemente, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua posição firme sobre a existência de apenas dois gêneros, uma postura que reacendeu debates intensos em um mundo cada vez mais dividido entre progressismo e conservadorismo. Mais do que uma questão cultural, a declaração levanta um ponto crucial: onde o governo deve priorizar seus esforços e recursos?

Governos existem para atender às necessidades fundamentais da população. Segurança, saúde, educação e economia formam o alicerce de qualquer nação próspera. Contudo, enquanto o governo investe em iniciativas para redesenhar normas sociais, os cidadãos lidam com crimes crescentes, economias frágeis e sistemas educacionais em declínio.

A biologia humana é objetiva. Dois sexos – masculino e feminino – são determinados geneticamente e sustentam a continuidade da espécie. As diferenças físicas e biológicas entre homens e mulheres moldaram sociedades e leis ao longo da história. Embora o respeito às individualidades seja essencial, isso não significa que as normas biológicas devam ser abandonadas.

Trump enfatiza que o Estado não deve impor ou financiar ideologias que desafiem essas verdades. Ele argumenta que questões identitárias são debates pessoais ou culturais, não obrigações governamentais e propõe um retorno ao básico: investir em infraestrutura, fortalecer forças de segurança e promover políticas econômicas que favoreçam o crescimento sustentável. 

A Venezuela é um exemplo claro de como governos que priorizam pautas ideológicas em detrimento de políticas econômicas sólidas podem levar um país ao colapso. Enquanto enfrenta uma das crises econômicas mais graves do mundo, com hiperinflação e escassez de alimentos, o governo venezuelano continuou investindo em agendas identitárias, como a promoção de políticas de linguagem neutra e programas de inclusão de gênero em instituições estatais. 

Essas iniciativas se tornaram o foco do governo enquanto serviços essenciais, como saúde e segurança pública, entraram em colapso. O resultado? Um país rico em petróleo, que já foi uma das maiores economias da América Latina, hoje depende de ajuda humanitária e tem milhões de cidadãos vivendo na pobreza extrema.

Por outro lado, países que adotaram uma abordagem mais pragmática, priorizando a recuperação econômica e a estabilidade social, conseguiram reverter cenários de crise. Enquanto a Venezuela afundava em políticas populistas que desviavam o foco da gestão pública eficiente, nações como a Polônia concentraram esforços no fortalecimento da economia, atração de investimentos e geração de empregos, saindo de um histórico de dificuldades para se tornar uma potência em ascensão na Europa. 

O contraste entre esses modelos evidencia que, sem um alicerce econômico sólido, qualquer debate social ou ideológico se torna irrelevante diante da dura realidade da miséria e da falta de oportunidades.

É importante destacar que Trump não sugere desrespeitar indivíduos que escolhem identificar-se de maneira diferente. A questão é sobre onde o governo deve traçar limites em seu envolvimento. Ao invés de gastar bilhões em programas ideológicos, esses recursos podem ser melhor utilizados para construir escolas, reforçar o policiamento e estimular a economia.

Por fim, a declaração de Trump sugere que Estado deve focar em sua missão principal: garantir segurança, promover bem-estar econômico e assegurar que os cidadãos tenham acesso às oportunidades que merecem. Ideologias podem e devem existir, mas o governo não pode se dar ao luxo de priorizá-las em detrimento das reais necessidades da população. Afinal, uma nação forte é construída sobre fundamentos sólidos, não em debates que dividem.

Gabriela Moraes Oliveira Colunista
Colunista
Associada do Instituto Líderes do Amanhã