O suspeito de ter invadido o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o primeiro turno das eleições municipais deste ano cumpria prisão domiciliar ao praticar o crime. O hacker foi preso, na manhã deste sábado (28), em uma operação conjunta entre a Polícia Judiciária de Portugal e a Polícia Federal do Brasil.
De acordo com o chefe de combate a crimes virtuais da Polícia Judiciária de Portugal, Rogério Bravo, o jovem, de 19 anos, estava em regime domiciliar e usava uma tornozeleira eletrônica desde de março, quando tentou invadir o sistema de uma empresa de energia elétrica no país.
“A prisão domiciliar foi decretada, mas com a pandemia houve uma espécie de abuso das condições impostas. Portanto, agora ele terá que se apresentar para um novo interrogatório para se apurar o que aconteceu”, disse Bravo.
Segundo a polícia, impedido de utilizar um computador pessoal, o rapaz alega ter invadido o sistema do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro por um celular.
De acordo com o presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso, o ataque cibernético teria provocado a lentidão no acesso de alguns eleitores ao aplicativo e-Título.
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“Houve uma tentativa de ataque com um grande volume de acessos simultâneos, mas foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia e portanto sem qualquer repercussão sobre o processo de votação”, garantiu o ministro.
Como a investigação ainda está em andamento, o TSE afirmou que não irá se pronunciar oficialmente.
*Com informações do Portal R7!