Política

"Tem que tomar cuidado para não perder prestígio", diz Casagrande sobre pedidos de impeachment

Governador ainda defendeu CPI da Covid, que tem focado trabalhos na investigação de irregularidades na negociação de vacinas

Foto: Reprodução / Data Business

Para o governador Renato Casagrande (PSB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) corre risco de sofrer um processo de impeachment ao perder prestígio junto à sociedade. 

“Impeachment é um ato político, não é um ato técnico. Enquanto o presidente da República tiver apoio popular ele não sofrerá um processo de impeachment. Depende muito da situação política dele”, afirmou o governador. 

Casagrande citou o caso de dois ex-presidentes que perderam o mandato após a redemocratização. “A ex-presidente Dilma sofreu processo de impeachment porque ela perdeu muito prestígio junto a sociedade. Collor também”. 

O governador ainda defendeu a CPI da Covid, que tem focado os trabalhos na investigação de irregularidades na negociação de vacinas pelo Ministério da saúde. 

“É importante que tudo seja esclarecido e fundamental que o governante, ao invés de reagir simplesmente negando, possa prestar informações ao Ministério Público Federal, ao Congresso Nacional, à CPI da Covid para que tudo fique claro”, informou. 

SUPERPEDIDO DE IMPEACHMENT

Com 46 assinaturas e 271 páginas, a Câmara recebeu no dia 30 de junho um superpedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. O documento foi assinado por deputados da oposição e da centro-direta, como Joice Hasselmann (PSL-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP). 

O texto foi elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e tem como signatários, além dos parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades e aponta uma série de crimes que teriam sido cometidos por Bolsonaro desde que assumiu a presidência.

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