O governador Renato Casagrande (PSB) se posicionou de forma favorável à indicação do médico Marcelo Queiroga para comandar o Ministério da Saúde. Segundo o governador, a mudança “traz uma importante perspectiva de que teremos uma coordenação nacional eficiente, articulada com estados e municípios para frear a pandemia”.
Durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello o governador teceu diversas críticas à condução da pandemia pelo governo federal, pontuando a demora para adquirir vacinas e a necessidade de envio de verbas aos estados para abertura de novos leitos.
Veja a publicação de Renato Casagrande:
A relação dos governadores com Pazuello foi acidentada, principalmente na segunda fase da pandemia, inclusive gerando diversas ações no STF. No entanto, alguns deles já telefonaram para o ministro demissionário, nas últimas 48h, para agradecer o esforço no comando da pasta e o diálogo aberto, principalmente com o Fórum de Governadores e com o Conass – o Conselho Nacional de Secretário de Saúde.
O governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Fórum, divulgou um vídeo em que declara que cobra, mais uma vez, uma coordenação nacional para a imunização da população, medidas preventivas, garantia de acesso a vacinas e que a ciência seja respeitada, assim como as regras estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde. Ao final, Dias pergunta se a troca na Saúde é realmente “uma mudança de visão do governo federal?”.
Já Helder Barbalho, do Pará, reforça a necessidade de “união” e de “soluções alinhadas à ciência”. O governador João Doria, de São Paulo, estado que fabrica a maior parte das vacinas aplicadas aos brasileiros, preferiu não comentar a troca. Doria sempre ressaltou publicamente que Pazuello é uma pessoa “de trato cordial”, mas nos últimos meses designou a área técnica para tratar com o ministro. A mudança ocorreu após o episódio em que o general voltou atrás no contrato para compra da Coronavac, 24h depois do acerto, por determinação do presidente Bolsonaro.
Câmara
Diante da informação de que a transição na Saúde pode levar até dez dias, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que o “novo ministro não tem tempo de aprender a ser ministro”. Segundo ele, “as respostas têm de ser rápidas e efetivas e passar mensagens claras de compromisso com políticas de prevenção e acelerar o processo de vacinação”.
Com informações do Portal R7