Após poucos mais de cinco horas, chegou ao fim o depoimento do senador do Espírito Santo Marcos Do Val (Podemos) à Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (19), em Brasília. As informações são do portal R7. O teor da oitiva do parlamentar capixaba não ainda não foi divulgado.
O parlamentar, que é investigado em inquérito que apura suposto plano para um golpe de Estado, chegou ao prédio da PF por volta das 13h45, e o depoimento. Do Val teria começado a ser ouvido pela polícia às 14h.
Do Val entrou na mira da PF após ter supostamente ter ajudado a organizar e participado de uma reunião com ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em dezembro de 2022, poucos meses após as eleições, momento em que teria sido elaborado um plano contra o resultado do pleito de outubro daquele ano, do qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso
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O próprio do senador divulgou, em fevereiro deste ano, que Bolsonaro o teria coagido a articular o suposto golpe. O ex-presidente afirmou em depoimento na semana passada que não participou do plano, mas confirmou ter havido a reunião.
Bolsonaro foi citado pelo senador em 1º de janeiro deste ano durante uma transmissão ao vivo na internet. O ex-presidente, contudo, afirmou em depoimento na quarta-feira (12) que não teve parte no plano para gravar Moraes.
A ação investiga uma suposta reunião denunciada pelo senador Marcos do Val. No encontro, teria sido discutido um plano para grampear o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e obter provas para anular as eleições de 2022. Bolsonaro nega qualquer tipo de envolvimento.
Em junho, Marcos do Val foi alvo de mandados de busca e apreensão por tentativa de obstrução da Justiça.
O senador afirmou na época que estava sendo “perseguido” por Moraes e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O senador disse que já aguardava uma ação policial. “Já estava esperando, mas não no meu aniversário.”
A PF já havia agendado um depoimento para Do Val falar sobre esse caso, mas ele não compareceu. A determinação para o novo depoimento é do ministro Alexandre de Moraes. Depois da ação da polícia, o senador apresentou um atestado médico e se afastou das atividades parlamentares.
*Com informações do R7