Em audiência, nesta quarta-feira (27), na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que as cotas para o ingresso nas universidades são necessárias, mas a política será temporária e ainda atribuiu as 15 exonerações que ocorreram nos últimos dias a questões de gestão.
Sobre universidades públicas, ele avaliou ser preciso “responsabilidade fiscal” e defendeu o aumento do número de alunos em sala de aula. O ministro ainda fez uma comparação com a França, onde a proporção é de cerca de 70 alunos por professor. No Brasil, esse indicador seria muito menor.
“Eu defendo as universidades públicas. Elas são um patrimônio da nação e devem ser preservadas. Mas têm de ser geridas com responsabilidade fiscal e democratização da sala de aula”, afirmou.
Para um auditório lotado, o ministro também disse que permanece no cargo e atribuiu a lista de 15 exonerações que ocorreram nos últimos dias a questões de gestão, além de garantir que os trabalhos na pasta estão sendo realizados.
Vélez está acompanhado de vários assessores, entre eles, o secretário de Alfabetização Carlos Francisco Nadalin. O secretário foi apontado pelo ex-presidente do Inep Marcus Vinicius Rodrigues, como um dos mentores da decisão, mais tarde suspensa, de adiar a avaliação de crianças em período de alfabetização. A exoneração foi assinada nesta terça-feira (26). Vélez disse que Rodrigues teria “puxado o tapete”, empregando incorretamente a expressão.