O tom verde e amarelo foi dominante nas roupas das pessoas que foram às ruas no domingo, 26, nas principais cidades do País. Também lembrando os atos pró-impeachment da presidente cassada Dilma Roussef, muitos portavam a bandeira do Brasil. Além disso, cartazes e máscaras de políticos foram utilizados pelos manifestantes. Em sua maioria, eles apoiavam a reforma da Previdência, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e criticavam a atuação do Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
No Espírito Santo, um grupo de manifestantes realizou um ato pró-governo pelas ruas do bairro Praia da Costa, em Vila Velha. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte, que com o destino à Praça do Papa, na capital, em Vitória. O ato contou com três mini-trios e pessoas da Grande Vitória e também do interior do estado.
No discurso, os manifestantes enfatizam que não defendem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e que o querem livre de questões políticas. Eles também afirmam que são contra ao que chamam de “pressão para modificar a Reforma da Previdência” e se dizem favoráveis ao pacote anti-crime do ministro Sérgio Moro.
Em Belo Horizonte, o analista de importação Natalino Nunes, de 48 anos, disse que o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro “é a saída para a criminalidade no País”. “A gente está nas mãos dos bandidos.”
Também na capital mineira, o bombeiro Marcelo Ferreira, de 43 anos, foi à manifestação em apoio à reforma da Previdência. “Se eu quiser, posso me aposentar no ano que vem, mas, se continuar assim, quem vai pagar a conta?”, questionou.
Em Belém, o piloto de avião Luiz Cláudio Nunes, de 51 anos, foi à manifestação ao lado da mãe, Vanize Nunes, de 72 anos, também em apoio à reforma da Previdência. “Tem que fazer a reforma para o Brasil atrair investimentos estrangeiros e voltar a gerar empregos”, defendeu. A aposentada Suely Lis, de 61 anos, também participou da manifestação na capital paraense, em apoio a Bolsonaro. “Vamos ajudar esse homem que deu a cara a tapa”, disse.
Em Salvador, Ivonete Lins, de 70 anos, foi às ruas com uma máscara do ministro Sérgio Moro e uma camiseta com a estampa do presidente Jair Bolsonaro. Ela defendia “um Brasil melhor e sem corrupção” para os seus netos.
O casal Denise e Celso Borges foi de Gravataí até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Embora apoie o governo, Denise disse que é contra alguns itens da reforma da Previdência, como a elevação da idade mínima para a aposentadoria do trabalhador rural.
Em Brasília, o administrador e publicitário José Marcos, de 65 anos, atacou os deputados do Centrão. “Eles deveriam ter um pouco de vergonha, pensam que o povo é imbecil.” E prosseguiu: “O povo, por mais simples que seja, tem inteligência e sabe o que está acontecendo no País”. Marcos, que se define como monarquista, disse que “se a coisa não andar”, a solução será o “fechamento” do Congresso e do Supremo. “Se esse pessoal não abrir os olhos, não fizer o que tem que ser feito, a solução vai ser essa: fecha o Congresso e o Supremo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.