Política

VÍDEO | Marcos do Val é hostilizado durante caminhada em praia de Vitória

No vídeo, o autor da gravação segue o senador por alguns metros e dirige a ele frases como: "Vergonha da política capixaba" e "Você ´é burro"

Foto: Redprodução/Redes Sociais

Está repercutindo nas redes sociais nesta terça-feira (25), um vídeo em que o senador capixaba Marcos do Val (Podemos) é hostilizado por um homem enquanto caminha com sua esposa na orla de Camburi, em Vitória.

No vídeo, o autor da gravação segue o senador por alguns metros e dirige a ele frases como: “Vergonha da política capixaba”  e “Você ´é burro”. Durante os 37 segundos de gravação, Do Val não revida os ataques. 

Diversos perfis no Twitter compartilharam, nesta terça-feira, o vídeo em que Do Val é hostilizado. É o caso do político Ricardo Oliveira, secretário do PL no Rio Grande Sul, partido do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Veja o vídeo abaixo:

O senador foi procurado para comentar o caso. Até o fechamento deste texto, ele  não havia respondido aos questionamentos da reportagem. Em caso de retorno, a matéria será atualizada.

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Senador na mira da Polícia Federal

No último dia 19, Do Val prestou novo depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília.

A oitiva do senador faz parte de uma investigação que apura suposta tentativa de golpe de Estado, plano denunciado pelo próprio parlamentar em entrevistas e publicações nas redes sociais.

A trama também teria o envolvimento do deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ) e de Bolsonaro, que também prestou depoimento à PF na mesma investigação.

A investigação foi aberta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois de o senador ter dado diferentes versões sobre a trama golpista.

Em fevereiro, Do Val afirmou que tinha sido coagido por Bolsonaro a participar do plano. Além de usar as redes para relatar o plano, Do Val contou à Veja detalhes do caso. 

Segundo ele, a ideia era gravar Moraes para arrancar do ministro alguma declaração comprometedora que pudesse levar o magistrado à prisão, pôr em dúvida o resultado da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo a diplomação e a posse do petista.

Do Val disse à Veja que Silveira e Bolsonaro o teriam convidado para, segundo ele, participar uma ação “esdrúxula, imoral e até criminal”. De acordo com as declarações do senador à revista, foi Silveira quem o chamou para conversar sobre “um assunto importante” com Bolsonaro.

Sem dar uma resposta, Do Val teria pedido para pensar e, na manhã seguinte, teria recebido uma ligação de Silveira cobrando uma posição.

Entretanto, posteriormente em um encontro com Moraes, o senador supostamente contou os detalhes proposta recebida. Em resposta, o ministro teria dito “Não acredito”. No mesmo dia, o senador teria declinado a participação com Silveira.

Após a publicação da revista e ter recebido ligações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Do Val mudou sua versão sobre a denúncia e passou a dizer que o plano, na verdade, foi de Silveira, que na época tinha sido preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de decisão judicial.