Terceira capital mais velha do país, Vitória completa neste 8 de setembro 468 anos. Apesar dos mais de 4 séculos e meio, para alguns a cidade está renascendo e sendo refundada. E isso é o que defende também o prefeito da cidade, Luciano Rezende, que está em seu sétimo ano a frente da capital.
Para ele, a cidade deixou de ser “o município rico”, como era conhecido nos últimos anos, principalmente após o fim do Fundap (que em quatro anos resultou em um prejuízo de R$ 1 bilhão na receita da capital). Ainda com a maior receita do Espírito Santo, Vitória tem visto a Serra encostar no ranking de mais ricos.
Segundo dados dos Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 2018 fechou o ano com uma receita corrente de R$ 1,567 bilhão, enquanto a Serra ficou com R$ 1,167 bilhão. Em 2013, primeiro ano do fim do Fundap, Vitória faturava R$ 1,809 bilhão, enquanto a Serra estava com R$ 1,141 bilhão.
“Eu brinco dizendo que na hora que eu subi aqui a rampa para assumir a prefeitura, o Fundap desceu a rampa ali pelo o outro lado. Isso nos motivou a fazer mudanças: quando chegamos eram 25 secretarias, hoje são 17. Tínhamos mil cargos comissionados, hoje temos cerca de 800 (20% a menos). Tínhamos 14.500 servidores e agora estamos com 12.500, sem demitir ninguém, apenas não abusando de contratação, revendo contratos. Então, estamos fazendo um esforço muito grande para preparar essa cidade para o futuro. O futuro de Vitória é turismo, gastronomia, arte, inovação, tecnologia, comércio e serviços”.
Para isso, o prefeito exalta o fato da cidade estar sempre entre as principais em rankings. Vitória está em 6º lugar entre as capitais mais desenvolvidas do país, em uma lista elaborada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) em 2018 (no ano anterior estava em 3º). Além disso, a capital capixaba também aparece como a melhor cidade para se investir no país, em um ranking elaborado pela Urban Systems para a revista Exame.
“Estar em terceiro para sexto em um ranking de 27 capitais é uma flutuação. O importante é estar sempre no primeiro pelotão. Toda semana tem alguma pesquisa sobre Vitória e ela sempre está nos primeiros lugares. Isso é importante, porque se sempre os índices tem deixado a cidade bem colocada, isso tem mais valor do que o índice isolado”, analisa.
Para ele, ainda há desafios que a cidade precisa enfrentar, mas também há motivos para o morador de Vitória comemorar os 468 anos. “Temos muitos motivos para nos orgulhar. Toda vez que a gente fala isso, alguém fala ‘ah, mas tem tal coisa’… Os desafios da cidade existem, sempre vão existir! Mas é preciso comemorar aquilo que foi uma construção feita por toda a sociedade, inclusive por outras gestões. Esse sempre foi um trabalho coletivo, que transformou Vitória em um dos melhores lugares para se viver, para se visitar e para se trabalhar no Brasil e no Mundo. Quem viajava pelo Brasil e para o exterior sabe que eu não estou exagerando. Não é obra só da prefeitura. É uma cidade que comemora 468 anos com muito mais conquistas alcançadas do que desafios para serem vencidos. Por isso, a gente trabalha dizendo “Vitorissíma”. É uma cidade linda”, declara.