Saúde

1,3 milhão de pessoas no ES estão sem proteção de vacina contra covid

São pessoas ou só receberam uma dose do imunizante ou simplesmente não se vacinaram

Foto: Divulgação / Secom PMS
Vacinação contra a Covid-19: segundo dados da Sesa, 1,3 milhão de capixabas estão em débito com a conclusão de seu ciclo vacinal tendo recebido apenas uma dose ou não procurado se imunizar

Um contingente de 1,3 milhão de capixabas estão em débito com o ciclo vacinal contra a Covid-19. Essas pessoas ou só receberam uma dose do imunizante ou simplesmente não se vacinaram. 

O quantitativo foi anunciado pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante seu pronunciamento em que atualizou sobre o combate à pandemia de coronavírus no Espírito Santo, na manhã desta segunda-feira (10). 

Fernandes incluiu na conta também crianças e adolescentes ainda não imunizados. 

A situação, para o secretário, representa uma preocupação frente a este momento em que o Estado vive um aumento na curva de casos, principalmente provocados pela variante Ômicron.

“A Ômicron em outros países vem apresentando impacto significativo tanto na infecção quanto na hospitalização de crianças e de adolescentes. Nesse sentido, essa característica da cobertura vacinal dessas faixas etárias e dos adultos que ainda não se vacinaram implica numa fragilidade importante para este novo momento”, apontou.

Ele teme que essas pessoas possam vir a ser fator de transmissão da nova cepa e que haja sobrecarga nos serviços de saúde. Lembrou que o Estado prepara expansão de 300 leitos de leitos de UTIs e de enfermaria para atender pacientes tanto de gripe quanto de Covid-19, caso haja maior procura, no cenário previsto pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Atualmente, segundo Painel de Vacinação mantido pela Sesa, pessoas totalmente vacinadas com as duas doses ou dose única representam 80% da população ou mais de dois milhões e 800 mil pessoas. 

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Fernandes pontuou que uma rede de fake news e de notícias falsas ainda está em ação em todo o país, desestimulando as pessoas a procurar por vacinação e promovendo comportamento que favoreça à transmissão da doença como falta de uso de máscara em locais públicos. 

“Nós ainda temos estruturada e organizada toda uma rede de desinformação e de fake news estabelecida em todos os estados do Brasil, em todo o país, que luta contra as medidas, estimulando comportamento de baixo risco, luta contra as vacinas, favorecendo o vírus no impacto negativo que ele tem na economia, na vida da sociedade, da família brasileira. Temos também uma baixa percepção de risco da população no que diz respeito à percepção de risco em sintomas muito leves.”

O secretário pediu que as pessoas não se descuidassem dos cuidados de prevenção ao coronavírus e que não subestimassem qualquer sintomas relacionados a doenças respiratórias já que, atualmente no Brasil, a pandemia de Covid-19 segue paralela à epidemia de influenza. 

“No contexto de ampla cobertura vacinal e de uma variante que apresenta, na maioria dos casos, sintomas muito leves da infecção pela covid-19 e que agora se confundem também com as características da influenza, a população não deve subestimar qualquer sintoma”, recomendou. 

Ele indicou que, em caso de qualquer desconfiança ou sintoma, por mais leve que seja, que faça o teste de antígeno. 

“São mais de dois milhões de testes de antígenos disponíveis no Espírito Santo, parte deles distribuídas e disponíveis nos municípios capixabas para que toda a população diante de qualquer suspeita, tenha ou não tenha sintomas, tenha mantido contato com qualquer sintoma sintomático, possa ter acesso à testagem em massa”, recomendou.