Um novo estudo da NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC) em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) revela um aumento alarmante na obesidade infantil. Em 2022, 159 milhões de crianças e adolescentes estavam obesos – um aumento de 303% desde 1990.
Situação da obesidade infantil no Brasil
No Brasil, a situação também é preocupante. Uma pesquisa de 2023 pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância – Fiocruz/Unifase) mostrou que o número de crianças e adolescentes com excesso de peso, incluindo sobrepeso e obesidade, cresceu significativamente entre 2019 e 2021, período que abrange a pandemia de Covid-19.
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Houve um aumento de 6,08% entre crianças até 5 anos e de 17,2% entre aquelas com idades entre 10 e 18 anos.
Consequências a longo prazo da obesidade infantil
A obesidade infantil é uma preocupação de saúde pública global. Crianças obesas têm maiores chances de desenvolver problemas de saúde a longo prazo, como dislipidemia (alterações de colesterol e triglicérides), hipertensão arterial, diabetes tipo 2, AVC, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
8 dicas essenciais para prevenir a obesidade infantil
1. Controle o peso na gestação
Medidas preventivas podem começar no planejamento da gestação. Evitar o sobrepeso durante a gravidez ajuda a prevenir o nascimento de bebês com predisposição à obesidade. O perfil de dieta da gestante também influencia os padrões alimentares da criança após o nascimento.
2. Valorize a alimentação complementar
A alimentação nos primeiros anos de vida é crucial na prevenção da obesidade infantil. O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses e complementado até os dois anos. Introduzir alimentos saudáveis como frutas, legumes, carnes magras e laticínios após essa fase é essencial.
3. Evite alimentos ultraprocessados
Os elevados índices de obesidade infantil estão associados ao consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em aditivos industriais. Famílias devem promover hábitos alimentares saudáveis, evitando alimentos e bebidas como refrigerantes, snacks, macarrão instantâneo e biscoitos.
4. Respeite os sinais de saciedade
Pais e cuidadores devem reconhecer os sinais de saciedade das crianças, como virar o rosto ou fechar a boca. Interpretar corretamente os diferentes tipos de choro também ajuda a evitar alimentação desnecessária.
5. Incentive a prática de atividades físicas
Estimular atividades físicas é fundamental. Para bebês, promover movimentos como rolar e engatinhar; para pré-escolares, atividades ao ar livre como brincadeiras e jogos de bola; e para adolescentes, incentivar a prática de esportes ou exercícios físicos regulares.
6. Reduza o tempo de tela
Reduzir o tempo dedicado a dispositivos eletrônicos é essencial. A SBP recomenda limitar o tempo de tela de acordo com a idade da criança, sempre com supervisão dos pais.
7. Cuide da rotina de sono
Uma rotina de sono saudável é vital para prevenir a obesidade. A falta de sono afeta os hormônios que regulam o apetite, aumentando o risco de ganho de peso.
8. Marque consultas pediátricas periódicas
Consultas pediátricas regulares são importantes para monitorar o crescimento e o peso das crianças. Essas consultas também são oportunidades para educar a família sobre hábitos de vida saudáveis.
Abordagem comunitária para combater a obesidade infantil
Prevenir a obesidade infantil requer uma abordagem abrangente, envolvendo pais, escolas, órgãos públicos, mídia e comunidade médica.
Estratégias eficazes incluem a taxação de produtos ultraprocessados, subsídios para alimentos saudáveis, e rotulagem clara de alimentos industrializados.
A proibição da propaganda direcionada às crianças também é crucial para proteger a alimentação infantil.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.
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