No dia 2 de abril comemorasse o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que é uma condição neurológica que faz com que o cérebro processe informações de uma forma diferente. Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), a condição é considerada uma deficiência. No entanto, há variação de casos entre pessoas que conseguem constituir família e se inserir no mercado de trabalho, e outras que precisam de assistência especial durante toda a vida.
“Transtorno do espectro autista não é uma doença, mas a pessoa com TEA possui algumas incapacidades, sendo mais recentemente consideradas deficiências. Cada caso é único, mas, no geral, há alguma incapacidade em alguma área. Conhecer a imensidão que rege esse transtorno ajuda na inclusão social dessas crianças, jovens ou adultos, fazendo uma sociedade menos julgadora e mais acolhedora”, salienta a primeira-dama de Cachoeiro, Keila Vetoraci.
Saúde
A condição causa distúrbios no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social de crianças e adultos.
O psicologo, Tiago Bara explica que é possível melhorar a condição da pessoa com autismo. “O transtorno não tem cura, mas pode ser tratado para que o paciente possa se adequar ao convívio social da melhor maneira possível, quanto antes ele for diagnosticado, melhores são os resultados do tratamento”, completou.
Pensando nos portadores da condição, o município de Cachoeiro de Itapemirim – sul do Espírito Santo- irá promover a Primeira Semana Municipal de Conscientização do Autismo e realizará atividades de 1 a 7 de abril.
Ação
No primeiro dia da agenda, haverá uma palestra com a temática “Afetividade, um olhar sensível para pais e ou responsáveis”, ministrada pelo professor e terapeuta Paulo Arantes. O evento acontecerá às 19h, na escola municipal Zilma Coelho, localizada no bairro Ferroviários.
Na terça, dia 2, uma tenda azul, cor utilizada para representar o autismo, será montada na Praça Jerônimo Monteiro, onde acontecerão ações de mobilização. Membros da Apaches vão conversar com o público para divulgar e explicar o que é o transtorno.
“Essas ações visam informar a população sobre o autismo, de modo a evitar discriminação das pessoas com o transtorno, permitindo a participação delas na vida em sociedade e no exercício da cidadania”, explica a presidente da associação, Edna Alice Figueredo.
Também estarão presentes a coordenação e alguns alunos do curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo, que prestarão esclarecimentos sobre a condição e como a psicologia pode ajudar. Além disso, uma assistente social, que comanda uma roda de conversa intitulada “Papo de Mãe”, na Primeira Igreja Batista, voltada para pais de filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), também estará no evento.
Campanha
As atividades de mobilização prosseguem, durante a semana, nas escolas da rede municipal de ensino, organizadas pelas professoras das Salas de Recursos Multifuncionais, espaços onde alunos com necessidades educacionais especiais são atendidos com atividades pedagógicas complementares.
Panfletos educativos serão enviados às famílias de todos os estudantes e haverá apresentação de vídeos e histórias sobre o tema. Também serão realizadas rodas de conversa, em que os pais serão convidados a refletir sobre o autismo no contexto da educação inclusiva.
Caminhada
No domingo (7), a Semesp convida a população para participar da Caminhada de Conscientização do Autismo. A concentração será na Praça Jerônimo Monteiro, Centro, às 8h. O destino será a Praça de Fátima, onde acontecerão atividades lúdicas e interativas como: Gincana Esportiva (entre pais e filhos) e funcional Kids. Além disso, para alegrar ainda mais a criançada, estarão disponíveis o Ônibus da Alegria, e a distribuição de pipoca, algodão-doce e picolé. Por fim, está previsto uma revoada de balões azuis.
A Semana Municipal de Conscientização do Autismo é uma das medidas da Política de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estabelecida pela lei nº 7608, de 2018. Ela visa ações de melhoramento das condições de acesso a serviços públicos especializados às pessoas com TEA, nas áreas de educação e saúde, por exemplo, e a possibilidade de inserção em atividades sociais.
Público
A política de proteção proposta pela prefeitura engloba pessoas com Transtorno Autista, Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação e Síndrome de Rett.