O período de Carnaval neste ano foi atípico e sem os tradicionais bloquinhos de rua e desfiles das escolas de samba. A motivação para isso foi o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. No Espírito Santo, aglomerações estavam – e continuam – proibidas. Mesmo assim, houve registros de festas clandestinas em diversos locais.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para que as pessoas fiquem atentas e, se notarem qualquer sintoma da doença, procurem imediatamente uma unidade de saúde, onde deve ser solicitado um teste para a detecção da covid-19. Para os próximos dias, já é esperado um aumento no número de casos registrados.
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De acordo com o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, buscar atendimento médico imediato é fundamental para que não haja, ainda mais, a transmissão da doença. “Infelizmente, desse grupo que se aglomerou, sairão pessoas contaminadas e que podem adoecer de forma grave, podendo transmitir para os seus parentes e, infelizmente, tanto os parentes ou a própria pessoa podem ir a óbito”, afirmou.
Reblin afirma, ainda, que nas próximas semanas o número de casos registrados da doença podem ser refletir as consequências do Carnaval, realizado por meio das festas clandestinas e aglomerações. “Esse aumento não é imediato. Ele acontece alguns dias após. Depois de 14 dias, quando há aglomerações, nós percebemos o aumento de casos. Lembrando que nós tivemos vários dias de aglomerações de pessoas e isso de fato pode contribuir ainda mais”, disse.
Cancelamento foi decisão acertada, diz secretário
Em coletiva, realizada nesta quarta-feira (17), o secretário Nésio Fernandes fez uma breve avaliação do Carnaval no Espírito Santo e no Brasil. “Nós acreditamos que a não realização do Carnaval em todo o país foi uma decisão acertada. Nós preservamos vidas e salvamos o país de uma rápida aceleração das diversas cepas que circulam no mundo e no Brasil. O cancelamento das festas oficiais, sem dúvida, repercutirá em vidas salvas. A realização do Carnaval normal poderia representar uma soma muito maior do que foi percebido no ano passado, como as eleições e nas festas de fim de ano. Seria catastrófico para todo o país”, disse.
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Ele também lamentou pelas pessoas que, mesmo com as proibições, realizaram aglomerações. “Aqueles que não ouviram as recomendações e que não tiveram empatia, queremos lamentar. Pois estes irão adoecer nos próximos dias, poderão infectar pessoas próximas e até chorar a morte de alguém. A doença vive no país e não está controlada”, destacou, parabenizando as ações dos órgãos competentes de fiscalização.
Principais sintomas
Entre os principais sintomas que apontam para a possibilidade de infecção do novo coronavírus, estão: dores de cabeça, febre, tosse seca, cansaço físico, perda de olfato ou paladar e dificuldade para respirar.
Em caso de aparecimento de qualquer sinal suspeito, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente. A realização de testes do tipo PCR, também chamado de Swab, por coleta de material nasal, deve ser feita entre 5 a 7 dias do início dos sintomas.