Não é de hoje que escutamos dizer que corpo e mente estão conectados. Pois bem: isso é tão verdade que as questões emocionais podem causar sintomas físicos e até mesmo doenças. Uma delas é a alergia emocional, que apresenta sinais desagradáveis que variam de pessoa para pessoa, mas costumam atingir a pele, a respiração e o cérebro.
A alergia emocional é uma queixa comum em consultórios médicos. Esse tipo de reação está ligado às emoções e à maneira como reagimos e lidamos com os acontecimentos da vida e ao nosso redor, e a resposta imunológica vai depender literalmente do quê e como sentimos.
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Este pode ser um quadro de difícil diagnóstico, já que suas causas estão “escondidas” e podem não ser percebidas em um primeiro momento.
O que é a alergia emocional?
É uma reação em cadeia. Sentimentos e emoções muito fortes, como estresse e ansiedade, colocam nosso corpo em um estado de alerta. Assim, o organismo age com uma resposta imunológica também robusta, causando produção de catecolaminas, que resultam em uma reação inflamatória – levando, enfim, a alterações físicas no corpo.
As manifestações podem surgir na pele, na respiração e até mesmo no cérebro.
Uma curiosidade é que alergias de origem não emocional podem, ainda, ser agravadas se a pessoa estiver em situação de estresse e ansiedade. Isso é muito comum, por exemplo, em doenças como psoríase e dermatite tópica.
Principais sintomas da alergia emocional
As manifestações da alergia emocional variam muito de acordo com cada pessoa. Mas como a pele é um órgão muito sensível e suscetível às mudanças internas e externas, e ainda com terminações nervosas, ela costuma apresentar logo de primeira os incômodos sintomas.
– Coceira intensa;
– Manchas vermelhas;
– Manchas e pontinhos avermelhados em alto-relevo;
– Ardência;
– Vermelhidão em uma região inteira da pele;
– Lesões na pele;
– Suor em excesso.
Outro sinal de uma alergia emocional mais acentuada é o desencadeamento de problemas respiratórios – coceira e desconforto nasal e na garganta, e até mesmo a falta de ar.
A insônia também é um sintoma sério causado pela alergia emocional.
Diagnóstico
Ao apresentar um ou mais sintomas, é muito importante consultar um médico especialista, para evitar o agravamento da alergia e também para o tratamento de seus sinais e efeitos. O ideal é procurar um dermatologista ou um alergologista.
Não há um exame específico para identificar a alergia emocional. Por isso, o profissional precisará saber como está a sua vida como um todo. Situações de estresse no trabalho, emoções exacerbadas na vida pessoal, por exemplo, precisam ser expostas para o médico. Além, é claro, de exames clínicos dos sintomas.
Dessa forma, será possível fazer um diagnóstico preciso para partir, então, para um possível tratamento.
O termo “alergia emocional” não existe na medicina científica, mas suas causas e sintomas são reais e precisam ser tratados. Esta é uma nomenclatura simples, utilizada para definir e explicar um quadro real que aflige muita gente.
Existe tratamento para a alergia emocional?
Parte do tratamento é feito como em qualquer outra alergia – com a prescrição de medicamentos antialérgicos que aliviam e eliminam a coceira, as manchas e a vermelhidão na pele, assim como o desconforto nasal.
Caso os sintomas permaneçam por mais de uma semana, o médico também pode receitar corticóides orais ou pomadas com este composto.
Quando há questões respiratórias, é necessário também procurar um pneumologista ou um otorrinolaringologista.
Passados os sintomas, é preciso tratar, sobretudo, as causas da alergia emocional.
Para começar, para aliviar a ansiedade e o estresse, é importante levar uma vida minimamente saudável, com práticas regulares de atividades físicas, mesmo que uma caminhada, e uma alimentação balanceada com vitaminas, proteínas, carboidratos e fibras.
Apostar em momentos de lazer e entretenimento, sejam eles em casa, com filmes em família, cuidados pessoais, sejam em passeios, encontro com amigos e adoção de animais – também são essenciais para amenizar o estresse e a ansiedade.
Para um tratamento ainda mais efetivo e gerar resultados mais duradouros, pode ser recomendado o uso de medicação psicotrópica e acompanhamento com psicólogo.