Na última quinta-feira (7), chuvas intensas atingiram o Espírito Santo e, de acordo com a previsão do tempo, elas podem continuar no fim de semana, entre os dias 9 e 10 de fevereiro. Municípios como Vila Velha, Vitória e Cariacica já contabilizam prejuízos deixados pela chuva que durou duas horas. E um alerta é para a população que precisa estar atenta com as doenças causadas pelas enchentes e água de chuva.
Nesse sentido, os especialistas da área de saúde pedem o cuidado da população a respeito das principais doenças transmitidas pela água contaminada nesse período. A leptospirose é a principal. Através do contato direto com a urina do rato, mobilizada pela água da enchente, que muitas vezes acaba inclusive inundando casas ou calçadas.
E o risco da transmissão da doença é maior nos bairros ou áreas onde há circulação de ratos, como próximos de lixo, entulhos ou terrenos baldios. O infectologista da Hi Technologies, Bernardo Almeida, explica que outro grupo de doenças aumenta em incidência nesse contexto: enfermidades transmitidas por mosquitos como a Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.
De acordo com o infectologista, é preciso evitar o contato com água de enchente. “Caso seja necessário, é importante utilizar roupas e botas impermeáveis, para evitar o contato da água com a pele, principalmente se houver cortes ou feridas”.
Em relação às doenças transmitidas pelos mosquitos, o especialista comenta que o principal cuidado é impedir a procriação do transmissor, evitando água parada. “Para isso, deve-se atentar para utensílios em casa ou em terrenos próximos que costumam ser focos de procriação, como pneus, vasos, potes e piscinas abandonadas. As caixas d’água devem ser mantidas devidamente tampadas. Além disso, repelentes e telas nas janelas são medidas fundamentais”.
O que fazer em caso de contato com água de chuva dos alagamentos?
O infectologista recomenda que, caso as pessoas entrem em contato com água de chuva dos alagamentos, o ideal é lavar com água e sabão abundante, principalmente se houver cortes ou feridas. “Claro que nem todas as pessoas que tiverem exposição irão desenvolver doença, mas deve-se manter em alerta por até 30 dias, que é o período máximo entre o contato e o desenvolvimento de sintomas da leptospirose”, completou Bernardo Almeida.
Sintomas
Caso ocorra febre associado a dor no corpo e dor de cabeça, é prudente buscar uma consulta médica para avaliação, que pode ser em uma unidade de saúde ou unidade de pronto atendimento dependendo da gravidade. Caso os sintomas sejam intensos, a pele e os brancos dos olhos fiquem amarelados ou ocorram sangramentos espontâneos, a avaliação deve ser imediata.