Durante o verão os passeios às praias e clubes aquáticos triplicam. O calor alarma os ponteiros dos termômetros e um perigo que pode estar escondido nesta temporada é o risco de infecção urinária, principalmente, em mulheres. O uso prolongado de peças molhadas, como os biquínis, aumenta as chances da doença, devido à proliferação facilitada de bactérias patogênicas (agressoras), no sistema urinário.
Segundo o ginecologista e obstetra Cleverson Gomes do Carmo Júnior, o transtorno é muito comum em mulheres, porque a uretra feminina é mais curta e mais exposta às bactérias. “Durante o verão ocorre um aumento notório no número de casos. Algumas peculiaridades da estação predispõem a isso, como o uso prolongado de roupas molhadas. Não importa o material. O problema está na umidade. Falta de hidratação adequada e maus hábitos de higiene também podem impulsionar o seu surgimento”, explica.
Sobre a doença
O especialista esclarece que a infecção urinária é a presença de bactérias na uretra, bexiga ou rins, causando sintomas como ardência ao urinar, dor e desconforto local e, em casos mais graves, febre.
“Para aproveitar o que o verão oferece de melhor sem sofrer com esse desconforto, algumas práticas são valiosas. Secar-se bem após sair da água, trocar o biquíni molhado por uma peça de roupa seca, evitar o uso de lingeries de tecido sintéticos, hidratar-se bem, evitar consumo em excesso de bebidas alcoólicas e uso de roupas justas demais, que dificultam a ventilação da região genital, urinar logo após relações sexuais e não ‘prender’ a urina quando surgir a vontade de urinar, são algumas medidas que ajudam. Caso haja algum sintoma de infecção urinária ou outra infecção vaginal, é necessário procurar imediatamente um ginecologista”, pontua o médico.