Não é fácil de se obter um diagnóstico da depressão. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro, dessa forma, só o acompanhamento profissional especifico é capaz de detectar na pessoa a doença. De acordo com estimativa da Organização Mundial de Saúde, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, ainda que em “graus” leves. Muitas pessoas tem a doença e não sabem e o diagnóstico é a melhor forma de combate-la.
A boa notícia é que um algoritmo de inteligência artificial, no entanto, promete ajudar a combater a doença por meio de um diagnóstico precoce. Segundo os cientistas do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial da MIT, nos EUA, responsáveis pelo desenvolvimento do algoritmo, através de análise de textos e áudios de conversa é possível confirmar ou não a presença da depressão – e o resultado até aqui vem acertando em 77% dos casos.
Tal porcentagem foi alcançada a partir de uma pesquisa com 142 pacientes, em que 30 pessoas já eram diagnosticadas com depressão. O algoritmo é capaz de perceber detalhes como nuances no tom de voz, e independe de um contexto para funcionar.
O algoritmo, a partir de tais análises, estabelece uma escala do 0 ao 27 para diagnosticar a pessoa em questão. A margem de erro, ainda que bastante eficaz, não substitui de forma alguma o trabalho presencial de um profissional, mas pode servir como um importante aliado para, por fim, o paciente chegar ao que de fato pode lhe salvar: os ouvidos e conhecimentos de um profissional.
Suicídio
A cada 35 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. No Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada hora. Os dados são da Associação Brasileira de Psiquiatria. “A depressão é uma das causas mais comuns, mas não necessariamente o suicida tinha essa doença. O suicídio pode acontecer a partir de uma tristeza profunda gerada por uma situação específica”, explica a psiquiatra, Andrea Arlotta.