Os movimentos dentários são perfeitamente executáveis com os alinhadores transparentes. Em alguns casos mais complexos pode até haver necessidade de utilizar alguns acessórios fixos ou até dispositivos que direcionem a força como elásticos ou mini-implantes, mas para movimentos dentários em pacientes adultos e até idosos, a única contraindicação está no fator “paciente”, ou seja, se você não for colaborador e não utilizar o aparelho adequadamente, afinal ele é removível e para fazer efeito você precisa fazer a sua parte.
O problema dos alinhadores, na verdade, reside em alguns tratamentos direcionados para crianças, mais especificamente tratamentos ortopédicos.
Muitas vezes crianças precisam de tratamentos que envolvem movimentos dentários e dento-alveolares, mas quando o problema é ortopédico, ou seja, envolve o CRESCIMENTO ósseo, na maioria das vezes os alinhadores estão absolutamente contra-indicados!
O melhor exemplo é o crescimento excessivo da mandíbula, que é o osso móvel inferior da face. Quando temos um crescimento exagerado desse osso, o tratamento deve ser o mais precoce possível, devendo iniciar entre os seis e os oito anos de idade, e deve envolver procedimentos ortopédicos, com aparelhos específicos que não podem e não devem ser substituídos pelos alinhadores transparentes.
Isso porque nesse período do crescimento temos uma janela de oportunidade de modificar o crescimento da criança de forma nada invasiva, e muitas vezes evitar ou minimizar tratamentos cirúrgicos futuros.
Acontece que se perdemos essa janela do crescimento tentando alinhar os dentes ao invés de corrigir o crescimento ósseo, perdemos a oportunidade e condenamos a criança a um tratamento mais longo, mais invasivo e bem mais caro no futuro. Além de ela passar boa parte da sua adolescência com uma desarmonia facial visível que poderá gerar apelidos e brincadeiras desagradáveis.
Saiba aqui os principais problemas que não devem ser tratados com alinhadores:
1- Excesso de crescimento do osso da mandíbula (chamado pelos dentistas de Classe III esquelética)
2- Excesso de crescimento do osso maxilar (chamado pelos dentistas de Classe II esquelética. Nesse caso se o problema está no osso maxilar não deve ser tratado com os alinhadores)
3- Mordida cruzada posterior esquelética.
Lembre-se: movimentar os dentes é possível durante toda a vida, mas corrigir problemas de crescimento sem cirurgias, só enquanto a criança cresce!
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