O suporte nutricional é fundamental para que atletas, profissionais ou não, mantenham a performance elevada mesmo com uma rotina intensa de treinamentos e competições. Para isso, uma dieta balanceada e a ingestão de aminoácidos podem ser diferenciais importantes para o desempenho de cada esportista, sabendo que muitas vezes tal planejamento alimentar depende de determinado tempo para ingesta e digestão.
O corpo humano é constituído de 20% de proteínas, compostas de diferentes combinações de 20 tipos diferentes de aminoácidos. Entre eles, a valina, a leucina e a isoleucina, muito conhecidos na composição dos BCAAs ou aminoácidos de cadeia ramificada.
Devido à intensidade dos treinos, intervalos curtos e limitações junto ao calendário competitivo, o atleta esgota os aminoácidos disponíveis no tecido muscular, levando-o à fadiga e causando danos a essa parte do corpo. A presença de aminoácidos no sangue é essencial, pois aumenta a força muscular e a resistência física.
A vantagem do consumo de aminoácidos por meio de suplementação é o tempo de absorção: em média, quinze a trinta minutos, em comparação com as quatro horas necessárias para digerir proteínas, que são mais complexas estruturalmente. “Os aminoácidos essenciais não podem ser sintetizados no corpo humano, portanto, devem ser fornecidos por meio da dieta. Ou seja, com a suplementação, o atleta mantém uma condição corporal saudável e recupera-se rapidamente da fadiga”, afirma a nutricionista esportiva, Caroline Yoshioka, consultora da Ajinomoto do Brasil.
A maratonista aquática Ana Marcela Cunha é um bom exemplo dos efeitos positivos do uso de aminoácidos no auxílio do processo de recuperação de atletas. Em Lima, ela conquistou o inédito ouro nos 10km para o país apenas 15 dias depois de ter sido campeã mundial, na Coreia do Sul, nas provas de 25km e 5km e de garantir a vaga olímpica nos 10km.
O ginasta Arthur Nory é outro que também tem se beneficiado da suplementação com aminoácidos. “Minha rotina de treinos é bem pesada e a alimentação, bem controlada. Tenho o acompanhamento de uma nutricionista, porque quando a gente chega no alto rendimento, todo detalhe faz a diferença”, afirma Nory, campeão mundial na barra fixa, medalha de ouro na ginástica artística por equipes e medalha de prata nas barras fixas e no individual geral em Lima.
“Eu já venho tomando aminoácidos há mais ou menos um ano e eu percebo essa ajuda na recuperação, principalmente de um treino para outro. Como a gente treina bastante, se desgasta bastante também e essa recuperação é válida e ajuda muito”, relata o ginasta.
Durante os Jogos de Londres, em 2012, a pedido do Comitê Olímpico Japonês, a Ajinomoto desenvolveu um produto especial para complementar a alimentação dos atletas olímpicos do país. Logo após a boa participação da delegação japonesa na competição, o grupo lançou um conjunto de aminoácidos para o público em geral (coadjuvante no tratamento de doenças neuromusculares) e para os praticantes de esportes ao redor do mundo.