As ações adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde para ampliar a cobertura vacinal fizeram com que Vitória fosse premiada no XXXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Goiânia, como a melhor experiência do estado do Espírito Santo dentre as estratégias de fortalecimento das ações de imunização nos territórios municipais.
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Dentre as imunizações observadas com aumento de cobertura vacinal no período avaliado, destacam-se: a vacina hepatite A, cuja cobertura encontrava-se em 72,79% e ampliou para 94,98%; pentavalente, cuja cobertura encontrava-se em 69,30% e foi ampliada para 89,02%; e poliomielite, que subiu de 66,95% para 88,78%.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Tatiane Comério, apresentou o planejamento “Vacinação em Dia! Estratégias para Recuperação das Coberturas Vacinais no Município de Vitória –ES” durante a Oficina Nacional do Projeto ImunizaSUS.
“Esse reconhecimento é de todos que fazem a imunização acontecer”, declarou Comério.
Segundo a secretária de Saúde de Vitória (Semus), Magda Lamborghini, esse reconhecimento é resultado de um trabalho coletivo, realizado por profissionais qualificados.
“Parabenizamos os servidores da Secretaria de Saúde de Vitória envolvidos diretamente na imunização pelo grande esforço, pela grande dedicação e pelo grande empenho”.
Segundo Tatiane Comério, a diminuição da procura pelas vacinas infantis começou a ser percebida em 2017. Porém, com a pandemia de covid-19, tal situação foi agravada e está sendo necessário um esforço ainda maior para recuperar as coberturas vacinais na Capital.
“Entendemos que a baixa cobertura vacinal atual é fruto de uma série de fatores. Desde a despreocupação da população com doenças que há muito tempo estão controladas ou reduzidas, como a poliomielite, a rubéola e o sarampo, até a crescente onda dos movimentos antivacinas e fake news, fazendo a população desacreditar ou duvidar da eficácia das vacinas”, explicou.
Dentre as ações realizadas pelo município para recuperar as coberturas vacinais, estão:
• Ampliação das equipes que atuam nas salas de vacina e equipe técnica da Central da Armazenamento de Imunobiológicos e Programa Municipal de Imunizações;
• Articulação com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação mediante a construção de documentos oficiais de comprovação de situação vacinal atualizada no ato de matrícula ou rematrícula;
• Trabalho de conscientização nas escolas municipais com equipes de saúde dos territórios para incentivar a imunização e combater a desinformação sobre as vacinas;
• Ampliação da oferta de vacinação, estendendo o horário das salas de vacina nas unidades de saúde, além da abertura destes equipamentos de saúde para vacinação aos finais de semana e feriados;
• Vacinação extramuro em escolas, praças da cidade, igrejas, hospitais, shopping, parcerias com outras secretarias municipais e lideranças comunitárias, ofertando as vacinas de campanha e de rotina para crianças, adolescentes, adultos e idosos;
• Oferta do agendamento online para vacinas, permitindo as pessoas optarem pelo dia e horário para se imunizarem, garantindo mais conforto para os munícipes;
• Monitoramento dos registros de vacinados pela equipe técnica central a fim de evitar inconsistências no sistema de informação;
• Aquisição de câmaras de vacina e freezers para ampliar a capacidade instalada de armazenamento de vacinas e insumos;
• Aquisição de diversos equipamentos importantes para garantir qualidade e agilidade na inserção de dados sobre a vacinação, a saber: computadores e impressoras para todas as salas de vacina da rede municipal, aquisição de equipamentos complementares para o parque tecnológico, como: notebooks, tablets 4G e modem 4G;
• Fantasias do Zé Gotinha e Maria Gotinha para trabalhar de forma lúdica a vacinação com as crianças, resgatando o principal símbolo das campanhas de vacinação infantil do Brasil.
“É preciso um envolvimento de toda a sociedade para recuperarmos as coberturas vacinais. Profissionais de saúde e também profissionais da educação, religiosos, sociedade civil, todas as pessoas precisam compreender que as doenças continuam existindo, e que a proteção por meio da vacinação não é apenas individual, mas também coletiva”, disse Tatiane.