O caso de uma fotógrafa de 44 anos que morreu após realizar um procedimento estético em uma clínica particular no interior de São Paulo, na última sexta-feira (13), gerou grande repercussão nas redes sociais.
À Record TV, uma prima da vítima contou que a fotógrafa foi até a clínica fazer um procedimento chamado endolaser para remoção de gordura localizada e redução de flacidez. Porém, após receber a anestesia, ela se sentiu mal e sofreu uma convulsão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o irmão de Roberta chegou a relatar para a polícia que a profissional responsável pelo atendimento não soube o que fazer diante da reação da paciente e esperou que ela melhorasse.
A fotógrafa seguiu passando mal e precisou, então, ser socorrida pelo resgate.
Em seguida, foi encaminhada à Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis. No local, foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubada. Porém, não resistiu e morreu.
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Casos como esse acendem uma alerta e trazem à tona uma série de questionamentos sobre a anestesia. Quais são? Em quais situações são utilizadas? Para que servem? É possível prevenir quadros alérgicos e até mesmo o risco de morte?
Para esclarecer essas e outras dúvidas, a reportagem do Folha Vitória ouviu o presidente da Sociedade de Anestesiologia do Espírito Santo, o médico Wellington Pioto. Ele respondeu uma série de perguntas sobre o procedimento. Veja só:
1. Quais os tipos de anestesia que existem? Para quais casos são indicadas?
R: Existem vários tipos de anestesia e a escolha depende do procedimento e das necessidades do paciente. A anestesia geral é usada para cirurgias mais complexas, enquanto a anestesia local é adequada para procedimentos menores.
A anestesia regional é usada quando apenas uma parte do corpo precisa ser insensibilizada.
2. É um procedimento considerado de “risco”?
R: Toda anestesia envolve algum grau de risco, mas é fundamental salientar que os anestesiologistas são altamente treinados para minimizar esses riscos e a SAES (Sociedade de Anestesiologia do Estado) sempre prepara seus médicos para isso, por isso, o risco varia de acordo com a saúde do paciente e a complexidade do procedimento, mas os benefícios geralmente superam os riscos.
3. O que é preciso fazer antes de ser submetido à uma anestesia, minimizando os possíveis riscos?
R: Antes de receber anestesia, é importante seguir as instruções do anestesiologista, como não comer ou beber por um determinado período e informar sobre quaisquer medicamentos que esteja tomando.
Também é essencial compartilhar informações médicas e histórico de alergias, isso acontece com a consulta pré anestésica, essencial para todo e qualquer procedimento cirúrgico.
4. Existem testes para saber se o paciente pode apresentar alguma reação ao anestésico?
R: Não, não existem testes, porém coma a consulta pré-anestésica conseguimos identificar possíveis reações adversas aos anestésicos. O anestesista avaliará o paciente antes da cirurgia para determinar o possível risco.
Aproveito para reforçar que investimos sempre em capacitação para os nossos anestesistas aqui na SAES e em cursos para estarem sempre atualizados e utilizando o que há de mais moderno e eficaz no mercado.
5. Em caso de condições médicas pré-existentes, como diabetes, asma ou problemas cardíacos, por exemplo, qual a conduta do anestesista durante a cirurgia?
R: Pacientes com condições médicas pré-existentes requerem cuidados adicionais. O anestesiologista ajustará a anestesia e monitorará de perto durante a cirurgia para garantir que as condições médicas sejam controladas.
6. Tabagismo, ingestão de álcool e drogas ilícitas podem impactar na anestesia? Como?
R: O tabagismo, o consumo de álcool e o uso de drogas ilícitas podem afetar a anestesia. É essencial informar o anestesiologista sobre esses hábitos, pois podem influenciar na dosagem e na resposta aos anestésicos.
7. Qual a importância da consulta com um médico anestesista antes de qualquer procedimento cirúrgico?
R: A consulta com um médico anestesista antes de qualquer procedimento cirúrgico é crucial. Pois avaliamos a saúde do paciente, discutimos o plano anestésico e respondemos a quaisquer dúvidas, garantindo a segurança e o conforto durante a cirurgia.
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*Com informações do Estadão