Saúde

Anticoncepcional: saiba como ele funciona e tire suas dúvidas

Folha Vitória faz live para esclarecer informações a respeito do assunto; ginecologista orientou centenas de internautas

Foto: Google
Contraceptivos hormonais são os preferidos das brasileiras, especialmente, a pílula.

Muitas dúvidas a respeito do uso da pílula anticoncepcional rondam os pensamentos femininos. Uma dúvida muito comum entre as mulheres é qual pílula anticoncepcional tomar. Isso porque o medicamento pode ser utilizado por diversos motivos, seja como método contraceptivo, controle hormonal ou problemas do organismo da mulher como acne, cólicas e ovário policístico.

Na noite da quinta-feira (16), o Folha Vitória realizou uma live no instagram do jornal com a ginecologista Lorena Baldotto, que esclareceu as dúvidas dos internautas e falou sobre o uso da medicação e suas diversas formas. 

Saiba um pouco do que aconteceu na live

De acordo com Lorena Baldotto, que também é sexóloga e ginecologista, os contraceptivos hormonais são os preferidos das brasileiras, especialmente, a pílula. “As pílulas são medicações consideradas muito seguras quando a intenção é prevenir a gestação, porém alguns fatores podem interferir na eficiência, um dos principais é o esquecimento. Depois de três horas do horário habitual de tomar a pilula, o efeito já é prejudicado. Deve-se tomar um comprimido por dia, sempre no mesmo horário”, disse a médica.

A médica disse ainda que é interessante colocar um horário que seja fácil para administrar a medicação, como por exemplo, ao acordar. Deixar a cartela na cabeceira da cama com água, ou consumi-lo sempre no horário de alguma refeição que seja regrada. O importante é adaptar o uso a uma rotina, assim o esquecimento fica mais difícil de acontecer.

Uso de remédios podem comprometer a eficácia da pílula? 

Outras questões também muito importantes podem comprometer a eficácia desses remédios. “O uso de alguns medicamentos como antibióticos e anticonvulsivantes; alimentos ou medicamentos que atrapalhem a absorção intestinal, as inflamações intestinais; diarreia ou vômitos. Se passar por qualquer dessas situações e quiser evitar a gestação é importante que outro método contraceptivo seja utilizado paralelamente a pílula por pelo menos mais um mês”, disse Lorena.

O que acontece com o corpo ao parar de tomar a pílula anticoncepcional?

O remédio joga na corrente sanguínea doses de hormônios que não deixam os ovários liberar os óvulos, interrompendo o ciclo natural. “Quando interrompemos esse ‘boom’ hormonal, é comum que algumas alterações apareçam como fluxos intensos, cólicas acentuadas e a tão temida Tensão Pré Menstrual (TPM)”, explicou Lorena.

Além disso, algumas mulheres podem ter variação de peso e aumento de oleosidade na pele. “Realmente podem ocorrer várias alterações, mas é só no período de readaptação do corpo, afinal, foram anos recebendo todo aquele hormônio. Depois deste tempo, a mulher vai sentir realmente como é seu organismo e passa a ter todos os benefícios de ter interrompido o anticoncepcional”, comenta Baldotto.

Agora veja os tipos de anticoncepcionais e a probabilidade de engravidar

– Pílula: esquecer a pílula ou tomar de forma inconstante e misturada com outros remédios, aumenta suas chances de engravidar de 0,3% para 8%.

– Adesivo: Esquecer de trocar o adesivo ou recolocá-lo na hora errada aumenta 7,7% as chances de engravidar, que passam de 0,3% para 8%.

– Anel vaginal: Se ele não for inserido de maneira imprópria, as chances de engravidar vão de 0,3% a 8%.

– DIU hormonal: As chances são apenas de 0,2%. O mais seguro até então.

– DIU de cobre tem 0,7% de chance.

– Anticoncepcional injetável: Se o remédio não for conservado de maneira correta ou se você errar a data de tomá-lo as chances de engravidar utilizando esse método passa de 0,05% para 3%.

– Sem método contraceptivo: Nesse caso, o risco de engravidar sobe para 85%.