Saúde

Anvisa aprova comercialização de novo tipo de insulina no Brasil

Cerca de 500 novos casos da doença são diagnosticados por dia no país. Medicamento ampliará oferta de tratamento para pacientes com a doença

Foto: Divulgação
Para os pacientes que precisam fazer uso diário de insulina, a glargina oferece maior flexibilidade no estilo de vida, com apenas uma aplicação por dia.

A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última semana, a comercialização de uma nova insulina no Brasil, a Glargilin. O medicamento será importado pela Biomm. O produto contribuirá para ampliar a oferta de insulina para pacientes com diabetes. O Brasil tem 16,8 milhões de diabéticos, sendo que 500 novos casos são diagnosticados por dia no país.

A medicação é um biossimilar da insulina glargina, mundialmente reconhecida por sua eficácia e segurança no tratamento da diabetes tipos 1 e 2. Como insulina produzida a partir do hormônio humano, a medicação possui ação de longa duração, com efeito de até 24 horas no organismo, reduzindo as chances de episódios de hipoglicemia (quadro perigoso que pode ocorrer quando há insulina demais em circulação no organismo).

Como será ofertado?

A classe de medicamento que será disponibilizada à rede varejista são de caneta descartável, em caixas com uma ou 5 unidades.

“Além disso, o medicamento representa para os pacientes brasileiros um tratamento seguro e eficaz, considerado pelos especialistas um marco no controle da diabetes. Estamos preparados para fornecer tanto para o varejo farmacêutico quanto para o sistema público de saúde”, destaca Heraldo Marchezini, CEO da fabricante da insulina. 

Benefícios do medicamento

Para os pacientes que precisam fazer uso diário de insulina, a glargina oferece maior flexibilidade no estilo de vida, com apenas uma aplicação por dia.

Isso porque, ação da glargina tem um perfil de ação mais estável e evita os picos de insulina no organismo. “Sem essa cobertura de 24 horas, os pacientes precisam aumentar a frequência de aplicação da insulina basal e seguir horários rígidos para as refeições, a fim de evitar possíveis hipoglicemias”, explica a gerente médica Maria Isabel de Campos Vergani.

Diabetes: tipos e sintomas

Atualmente, o diabetes atinge cerca de 425 milhões de pessoas no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes (2017), sendo o Brasil a quarta maior população afetada.

Tipo 1: Diabetes do tipo 1, conhecido como “juvenil”, é uma reação autoimune do corpo, que destrói as células que produzem a insulina, localizadas no pâncreas.

Tipo 2: Diabetes do tipo 2 é considerada uma doença crônica, que afeta a forma como o corpo processa o açúcar do sangue. É a versão mais comum do diabetes e tem relação com os hábitos de vida: obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares.

Sintomas mais comuns

Tipo 1: Boca seca, sede excessiva, perda de peso repentina, fadiga e aumento da necessidade de urinar à noite.

Tipo 2: aumento da glicose no sangue. Geralmente associada à obesidade e outras doenças como hipertensão e dislipidemia.

Complicações

Doenças cardiovasculares, renais e oculares e comprometimento dos nervos sensitivos estão entre as principais complicações do diabetes.