Nesta quarta-feira (04), a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza a 7ª Reunião Extraordinária Pública de 2022. Em pauta, a análise do pedido de uso emergencial do medicamento molnupiravir, da empresa Merck Sharp & Dohme (MSD), para tratamento da covid-19.
O molnupiravir é um antiviral de uso oral. Segundo a empresa, os estudos demonstram que ao ser administrado no início da infecção, o medicamento reduz os casos de hospitalização e mortes.
No dia 26 de novembro do ano passado, a farmacêutica entrou com o pedido de uso emergencial da pílula à agência regulatória, quinta do mundo a receber esse pedido, de acordo com a MSD. Ainda no início de novembro, o Molnupiravir recebeu aval da agência reguladora do Reino Unido e, na ocasião, tornou-se o primeiro tratamento de via oral aprovado no mundo.
O medicamento já foi submetido a órgãos como a FDA (Estados Unidos), a EMA (União Europeia) e a Agência Japonesa de Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos.
Estudos
A farmacêutica divulgou resultados preliminares de um estudo de fase 3 que apontaram que o remédio tem potencial de reduzir em 50% o risco de hospitalização ou morte dos pacientes com covid-19. Para isso, ele deve ser administrado logo nos primeiros dias após o início dos sintomas.
A MSD informou que, até o 29º dia de análise desde o início dos testes em voluntários, nenhuma morte foi relatada em pacientes que receberam Molnupiravir, em comparação com oito mortes em pacientes que receberam placebo.
A análise interina avaliou dados de 775 pacientes que foram inicialmente inscritos no estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de fase 3.
O estudo incluiu sete centros de pesquisa no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto), um no Distrito Federal (Brasília), um em Minas Gerais (Belo Horizonte), um no Paraná (Curitiba) e um no Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves).
*Com informações do Estadão