Depois de romper o contrato com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que fazia a administração do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) pretende realizar novas auditorias em contas de outras três organizações sociais que atuam na saúde pública do estado.
Segundo o relatório de inspeção do governo, as organizações que administram o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), o Hospital Estadual Central, em Vitória, além do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, também serão investigadas.
A rescisão do contrato com o IGH aconteceu após inspeções realizadas pela Secretaria de Controle e Transparência (Secont) a pedido da Sesa, que apontou indícios de irregularidades na gestão. Segundo a secretaria, o prejuízo pode chegar em R$ 38 milhões. A secretaria apura também os valores de serviços de empresas terceirizadas, que estariam acima dos valores de mercado.
Atendimento
Segundo publicação no Diário Oficial, a mudança na gestão do hospital não vai afetar os serviços oferecidos pela unidade. O Estado determinou que o instituto mantenha os serviços administrativos e assistenciais até a troca da gestão, em um prazo de 120 dias. O instituto também terá que prestar contas devolvendo eventual saldo de recursos financeiros e materiais não aplicados.
Na manhã de terça-feira (15), a Sesa instituiu uma Comissão de Transição da gestão do hospital com servidores do Himaba. A comissão tem o dever de levantar informações e apresentar relatórios sobre a situação do hospital, bem como situações referentes à transição. O relatório será enviado à Secretaria e o grupo também deverá emitir boletim diário sobre a escala de serviço.
Com a saída do Instituto de Gestão e Humanização, quem assume a administração do Himaba é o governo do estado, até que seja realizada a seleção de outra organização.