A ginasta brasileira Rebeca Andrade brilhou ao se tornar a maior medalhista olímpica do Brasil, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e voltar para casa com uma medalha de ouro (solo), duas de prata (individual geral e salto) e uma de bronze (por equipes).
Além da representatividade de mulher guerreira, a ginasta também viralizou nas redes sociais com vídeos apertando os olhos e franzindo o rosto tentando enxergar o telão.
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A atleta, que tem miopia e astigmatismo, ou seja, dificuldades para enxergar de longe, descobriu que tinha o problema após não conseguir enxergar as letras do telão durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Segundo a oftalmologista do Centro Capixaba de Olhos (CCOlhos), Iara Tavares, a miopia e o astigmatismo podem ocorrer juntos em um mesmo olho ou separadamente.
“A miopia é um distúrbio ocular que se caracteriza pela dificuldade para enxergar de longe. E o astigmatismo geralmente se dá por uma irregularidade na curvatura da córnea. Assim como a miopia, já pode estar presente desde o nascimento ou surgir ao longo do crescimento. Dependendo do grau causa dificuldade para longe e para perto”, explica a especialista.
A causa exata da miopia é desconhecida, mas pessoas que têm um histórico familiar da condição apresentam uma probabilidade maior de desenvolvimento. “É uma doença genética e já pode estar presente ao nascimento, mas, geralmente, surge ao longo do crescimento”, acrescenta.
A miopia geralmente se deve a um crescimento exagerado do globo ocular em seu “sentido ântero-posterior”. Existem diferentes graus de miopia e quanto maior for o grau da miopia maior é a dificuldade em ver de longe.
Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas mais frequentes nas duas doenças são:
– dificuldade para enxergar de longe;
– cefaleia (dor de cabeça) aos esforços visuais;
– dependendo do grau, dificuldade para ver de perto também, como no uso do computador, realização de trabalhos manuais.
A correção da miopia e do astigmatismo pode ser feita com o uso de óculos, lentes de contato que permitem obtenção de acuidade visual normal na maioria dos casos.
“Após os 21 anos pode ser feito cirurgia, caso o grau tenha se estabilizado e que quando bem indicada oferece excelentes resultados”, disse a oftalmologista Iara Tavares.
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