Desde que a farmacêutica AstraZeneca anunciou a retirada de circulação da vacina contra a covid-19 em todo o mundo que não param de surgir questionamentos. Entre eles, se o imunizante continua sendo utilizada no Brasil.
A reportagem do Folha Vitória questionou o Ministério da Saúde sobre isso e, segundo a pasta, o uso dos imunizantes produzidos pela AstraZeneca foi encerrado com o vencimento das últimas doses em estoque, o que aconteceu em maio de 2023.
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Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, novas doses não foram adquiridas, uma vez que a vacina teria ficado desatualizada, já que derivava das primeiras cepas do imunizante.
A informação de que a farmacêutica estava retirando a vacina de circulação foi publicada na última terça-feira (7), pelo periódico The Telegraph, alguns meses após ter admitido em documentos judiciais que o imunizante pode desencadear a chamada síndrome da trombose com trombocitopenia (STT), efeito considerado “perigoso e raro”.
O ministério afirmou também que “a vacina COVID-19 ChAdOx-1 da AstraZeneca foi considerada segura e eficaz para pessoas com 18 anos ou mais pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas principais agências reguladoras do mundo, incluindo o FDA (Estados Unidos), o EMA (Reino Unido) e a Anvisa (Brasil)”.
Além disso, o órgão ministerial afirma que as vacinas contra a covid-19 “são fundamentais para a prevenção de formas graves da doença, reduzindo significativamente o risco de hospitalizações, complicações e mortes decorrentes da infecção pelo vírus SARS-CoV-2”.
E justifica que o atual cenário, com redução de mortes e casos graves, é resultado de uma campanha eficaz de vacinação da população.
Síndrome de Trombose com Trombocitopenia: 23 casos no Brasil
A nota enviada pelo Ministério da Saúde cita que “de toda a população vacinada, apenas 23 casos tiveram diagnóstico confirmado de possível relação entre a vacina Covid-19 AstraZeneca e a ocorrência do evento, o que representa 1 caso a cada 7 milhões de doses administradas, isso caracteriza uma frequência extremamente rara desse evento adverso no país”.
Desde 2021 que o Ministério vem monitorando casos suspeitos de STT no contexto da vacinação.
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