Sintomas como dor no peito, palpitação, falta de ar e tontura, são comuns durante crises de ansiedade, mas podem ser um alerta para a saúde do coração. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior incidência de casos de ansiedade no mundo. Ao todo são cerca de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) que convivem com o transtorno.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que, seguindo este mesmo parâmetro, as doenças cardiovasculares também apresentam grandes registros e estas causam o dobro de mortes comparadas a todos os tipos de câncer juntos.
Mesmo sem possuir problemas no coração, o médico cardiologista Dr. Roberto Yano conta que é comum pessoas chegaram ao pronto-socorro acreditando que estão sofrendo um infarto.
“É importante lembrar que a ansiedade deve ser um diagnóstico de exclusão. Por isso, apenas um cardiologista, por meio da anamnese, exame físico e exames complementares, poderá descartar que o paciente realmente não está infartando”, alerta o médico.
Em grande parte dos casos, a dor causada pelo infarto tem início no meio do peito podendo se espalhar para outros pontos do corpo como o braço esquerdo e a mandíbula, o que gera uma sensação de aperto e queimação.
Na crise de ansiedade, a dor tente a se manter no centro do peito e geralmente começa após uma situação de estresse e nervosismo. Vale lembrar que cada caso é único, pois existem casos em que o paciente está infartando mas não apresenta dores no peito. Por esta razão, a avaliação rápida do quadro deve ser de exclusividade de um cardiologista.
Além da ansiedade, outros quadros como a esofagite, por exemplo, podem gerar dores no peito. Por isso, o Dr. Roberto aconselha que o paciente procure um cardiologista e realize toda a triagem e exames para descartar doenças cardiovasculares.