Saúde

Aumento patológico do apetite é a doença da sociedade atual, revela especialista

A hiperfagia é responsável por desencadear a obesidade, que é um dos maiores problemas de saúde da atualidade, ela traz consigo diversas outras doenças, como a diabetes e a hipertensão

Foto: Divulgação
A hiperfagia está relacionada ao lado emocional e necessita de acompanhamento médico e terapêutico. 

Descontar o stress e ansiedade na comida é estranho para alguns, mas para muitos é exatamente o que acontece. Esse comportamento merece atenção, pois se repetido várias vezes pode acabar gerando o desenvolvimento de uma doença chamada hiperfagia, que é o aumento patológico do apetite. A doença é séria e merece atenção, porque após instalada uma das principais consequências é a obesidade. 

“A hiperfagia é o descontrole alimentar caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos, ela geralmente tem como consequência a obesidade, que é um fator de risco para várias doenças como o câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, apneia do sono, osteoartrite e diabete Melittus Tipo 2”, disse o médico Wesley Schunk.

O médico disse que hoje a obesidade é um dos maiores problemas de saúde no mundo. A taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018. Segundo dados do Ministério da Saúde, 155 milhões de adultos estão acima do peso. No Espírito Santo os números também são preocupantes, 720 mil capixabas sofrem com o problema, o que representa 18% da população.

“O principal sintoma está no ganho de peso. Quando a pessoa começa a engordar sem nenhum motivo explicado, há sinal de hiperfagia, principalmente se existiram momentos traumáticos há pouco tempo ou se existe algo que esteja deixando a pessoa demasiadamente ansiosa”, disse Schunk. 

De acordo com o médico existem episódios que demonstram que uma pessoa pode estar desenvolvendo quadro de hiperfagia, são eles:

– Comer muito mais rápido que o normal;

– Comer até sentir-se desconfortável fisicamente;

– Ingerir grandes quantidades de comida, mesmo estando sem fome;

– Comer sozinho por sentir-se envergonhado da quantidade de comida ingerida;

– Sentir-se culpado ou deprimido após o episódio.

O tratamento é feito com o acompanhamento e orientação médica e, dependendo do caso, é necessário apoio de um terapeuta.