Uma bactéria detectada na cidade de São João del Rei, em Minas Gerais, pode estar ligada à morte de cinco crianças. Médicos e especialistas afirmam que ela é transmitida na infância e pode não desenvolver sintomas.
A bactéria Streptococcus pyogenes é transmitida pelo contato com a secreção da pessoa infectada, afirmam os especialistas.
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Foram enviadas amostras de duas vítimas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), para a realização de exames que possam comprovar se a infecção causou as mortes.
A Secretaria de Saúde de São João del Rei informou que os exames que foram enviados devem ser concluídos em 15 dias.
O infectologista Adelino Melo explica como é feito o contágio da bactéria.
“As infecções são mais comuns na primavera e no verão. A transmissão é pelo contato próximo. As crianças podem ter transmissão entre elas, mais pelo convívio e pelas gotículas que saem da boca, que elas respiram e tossem”, detalha o médico.
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Caso a infecção desenvolva sinais de contaminação, os possíveis sintomas são: dor de garganta ou amidalite. Nesses casos, é orientado buscar por ajuda nas unidades de saúde mais pr´óximas.
O infectologista orienta que os pacientes contaminados evitem contato com outras pessoas.
“É uma infecção que tem tratamento. Precisa dar antibiótico para tratar essas crianças, mas geralmente a bactéria não tem complicações graves. A principal complicação é posterior à ocorrência de dor de garganta. A gente tem complicações reumatológicas, no que chamamos de febre reumática. O organismo acaba gerando uma reação imunológica que pode atingir as articulações e o coração. Outra complicação possível são alterações renais”, explica o médico.
Em questionamento se a bactéria poderia ter causado a morte de cinco crianças, o especialista disse que é preciso ter cautela antes de afirmar tal hipótese.
“A gente precisa ter mais informações para definir de forma clara se essas mortes estão relacionadas a uma infecção grave de Streptococcus ou se são um fator de confusão. Existem várias bactérias potencialmente graves que provocam surtos escolares”, disse o médico.
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Em um comunicado, a Secretaria Estadual de Saúde informou que acompanha o caso e que irá iniciar treinamentos para que os médicos consigam identificar e posteriormente fornecer melhor tratamento aos casos suspeitos da infecção.
“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) informa que não há critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população de São João del Rei, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades”, ressaltou em nota.
“Em casos de sintomas como febre, garganta inflamada, entre outros, a orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para tratamento adequado”, informa o comunicado.
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*Com informações do Portal R7
Estagiário
Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua como estagiário no Jornal Folha Vitória
