No último domingo (7), a bebê americana Chloe Wiegand, de apenas 18 meses, morreu após cair da janela de um cruzeiro em Porto Rico. Segundo as autoridades, a menina escorreu dos braços do seu avô no 11º andar. Infelizmente, Chloe faz parte de uma estatística terrível: dados do Ministério da Saúde informam que os acidentes ou lesões não intencionais são as principais causas de morte entre as crianças de 1 a 14 anos de idade.
Os dados respondem por 4,7 mil óbitos e 125 mil internações por ano. É um índice alarmante, especialmente se levarmos em conta que mais de 90% dos acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção e segurança.
De acordo com o médico ortopedista pediátrico David Nordon, é preciso redobrar a atenção e os cuidados durante o período de férias, porque nesta época, o índice de acidentes aumentam muito. “Para evitar os acidentes, além de sempre ficar de olho no filho, é importante que a criança use equipamentos de proteção como: capacete, cotoveleiras e joelheiras, principalmente quando usar bicicletas, patinetes, skates, patins ou outros brinquedos similares”, alertou o médico.
Nordon ainda destaca, que em locais fechados, como a própria casa e, principalmente, quando a brincadeira for mais “animada”, é preciso estar atento aos riscos.
O caso
As autoridades afirmam que o avô de Chloe a segurava para fora da janela do navio Freedom of the Seas. O advogado da família Michael Winkleman, por sua vez, afirma que a janela se encontrava em uma área infantil e estava aberta. Segundo Winkleman, “o acidente não ocorreu como inicialmente mostrado na mídia e o avô não deixou a neta cair”.
Para o advogado, a janela estava aberta e não deveria estar, porque se tratava de uma área infantil. Winkleman contou que Chloe brincava na área aquática, quando pediu para ser levantada pelo avô junto a uma parede de vidros que circundavam a área. “Chloe queria brincar com o vidro como fazia durante os jogos de hóquei de seu irmão mais velho”, informou o advogado. “O seu avô pensou que no lugar da janela aberta havia vidro, assim como o restante da parede. Mas não havia e a menina caiu”.
Investigação
O sargento Nelson Sotelo disse à agência de notícia Associated Press que a família deverá permanecer em território americano até que a investigação da morte seja concluída. Oficiais investigam se a janela já estava aberta ou se alguém a abriu pouco antes do incidente.
A família permaneceu em Porto Rico até a terça-feira, (9), à espera da liberação do corpo da menina. O advogado disse que a família deseja saber por que a janela estava aberta na área infantil. A companhia Royal Caribbean Cruises chamou a morte da garota de “incidente trágico”.
*Com informações do Estadão- via Associated Press