Se você já sentiu vontade de ir ao banheiro logo após tomar um café, saiba que não está sozinho! A bebida, apreciada por muitos ao redor do mundo, pode realmente desencadear esse efeito em algumas pessoas.
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Os efeitos do café no sistema digestivo são quase instantâneos, segundo a gastroenterologista Patrícia Almeida, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Os efeitos no trato intestinal são quase imediatos. A bebida estimula as contrações e movimentação do órgão, aumentando a vontade de evacuar”, explica.
Essa reação acontece porque a cafeína, presente no café, tem o poder de estimular os movimentos peristálticos do intestino, promovendo a contração e o relaxamento necessários para o processo de evacuação.
Outras bebidas, como chás escuros e o cacau, podem apresentar efeitos semelhantes pelo mesmo motivo, porém, menos intensos.
Uma curiosidade é que o café descafeinado também pode ter esse efeito. A médica explica que a reação não está ligada apenas à cafeína, mas à bebida como um todo. Segundo ela, o aumento da acidez no estômago causado pelo café pode acelerar o trânsito intestinal, independentemente da presença de cafeína.
Café x prisão de ventre
A gastroenterologista Vanessa Prado, do Hospital Nove de Julho, destaca que uma xícara já é suficiente para estimular o funcionamento intestinal. No entanto, ela alerta que a bebida não é recomendada como uma solução para a prisão de ventre.
“O café não deve ser usado como tratamento. O que acontece é que algumas pessoas têm maior sensibilidade aos efeitos, mas em excesso pode fazer mal. A bebida é contraindicada para pessoas que têm gastrites, esofagites, úlceras gástricas, colites, por provocar uma maior irritação da mucosa do trato gastrointestinal”, afirma Vanessa.
Patrícia completa que o excesso de café pode ainda causar palpitações e irritabilidade, lembrando que o café possui substâncias oxidantes importantes.
Segundo ela, se consumido diariamente, dentro dos limites de sensibilidade de cada um, a bebida não é prejudicial, e auxilia na redução de gordura de fígado e no risco de cirrose hepática.
Com informações do Portal R7.