Para se detectar a malignidade de um tecido com crescimento anormal, em qualquer tipo de câncer, o que se faz é uma biopsia: a retirada de um microscópico fragmento do órgão que, após ser avaliado por um patologista, é confirmado o diagnóstico maligno ou benigno.
A biopsia de próstata é feita por meio de uma agulha guiada por ultrassonografia e o método tradicionalmente usado no Brasil é a transretal, onde o ultrassom e a agulha são introduzidos pelo reto para alcançar a próstata.
O método implantado no Hospital Moriah, em São Paulo já é o mais utilizado na Europa: a biopsia transperineal. Por essa via, a agulha é introduzida pela região do períneo e coleta os fragmentos em qualquer região da próstata.
Na biopsia transretal, geralmente se perde de 15 a 20% dos tumores, pois a agulha é incapaz de alcançar determinadas regiões da glândula, como a parte anterior, onde estão de 10 a 20% dos tumores. Em 24% dos casos, é necessário um segundo procedimento para a constatação do tumor.
A biopsia transperineal também possibilita um aumento de 81% de diagnóstico de câncer significativo e diminuição de 40% na detecção de câncer insignificante (que não precisa ser operado, mas sim acompanhado).
A introdução da agulha pela via perineal, coleta fragmentos para exame em toda a extensão da próstata. Com a realização da fusão de imagens , quando uma ressonância magnética prévia da próstata é sobreposta, por meio de um software, à imagem em tempo real da ultrassonografia, é possível que sejam retirados menos fragmentos, mas com a precisão de escolher o local exato.
Uma vantagem já constatada pelos especialistas é que a via também evita a ocorrência de infecção urinária, comum em quase 8% dos casos de biopsia transretal, pelo fato de não haver a passagem pela região do ânus. O procedimento pode ser realizado em centro cirúrgico ou sala de procedimentos, com anestesia geral e o paciente fica, no máximo, 8 horas no Hospital.
* Com informações da Comunicação do Hospital Moriah