O presidente Jair Bolsonaro precisou de atendimento médico no Palácio do Planalto, no final da tarde de segunda-feira (31), após passar mal devido diagnostico de cálculo renal. De acordo com informações da Record TV, a pedra é um pouco maior do que um grão de feijão e está solta na bexiga de Bolsonaro. O presidente deve ser submetido a uma cirurgia para a retirada da “pedra” mas ainda não há data marcada.
O que muitos não sabem é que doenças renais são comum entre a população brasileira. Estima-se que 850 milhões de pessoas no mundo tenham esses problemas por várias causas. Além disso, pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade ou sexo e entre as patologias mais comuns estão: cálculos renais (pedra nos rins); infecção renal ou pielonefrite; cistos renais; tumores ou câncer de rim e, em casos mais avançados e graves, a insuficiência renal.
Mas, o que é a pedra no rim?
Segundo o médico nefrologista Dr. José Aluísio Vieira, os cálculos renais são popularmente chamados de pedra no rim. Ou seja, são formações sólidas de sais minerais e uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido úrico.
Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando muita dor e complicações. O médico explica que os cálculos podem atingir os mais variados tamanhos, indo de pequenos grãos, até ocupar toda parte interna do rim (pelvis e cálices). “Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga. O cálculo renal é também chamado de litíase urinária ou urolitíase”, acrescenta.
Sintomas
“Cálculos podem ser assintomáticos e até passar despercebidos. Mas também podem provocar dor muito forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção à região inguinal”, explica.
“É uma dor que se manifesta em cólicas. Isto é, com um pico de dor intensa seguida de certo alívio”. Em geral, essas crises podem ser acompanhadas por náuseas e vômitos e requerem atendimento médico-hospitalar, detalha o Dr. José Aluísio.
Deve-se observar também se a cor da urina está alterada e se há muita vontade e desconforto ao urinar. Além das evidências clínicas (dor intensa e sinais de sangue na urina), cálculos renais podem ser diagnosticados por Raio X de abdômen, ultra-som, tomografia computadorizada ou pela urografia excretora, (um exame mais específico das vias urinárias) recomenda o especialista.
Causas
Estudos apontam que beber pouco líquido é uma das principais causas da ocorrência de cálculo renal, que é comum em brasileiros. Mas várias outras razões podem levar à formação de pedra no rim, como infecções urinárias, grande quantidade de fosfatos, cálcio, oxalato, cistina ou falta de citrato. Também é levada em conta a herança genética ou alterações anatômicas no sistema urinário.
Vale ressaltar que a urina contém, naturalmente, elementos que podem se juntar e formar uma pedra, como o cálcio e o ácido úrico, que são substâncias produzidas diariamente pelo organismo e eliminadas naturalmente pela urina.
Recomendações
O médico dá dicas para prevenção: “beba água regularmente, de dois a três litros por dia. Essa é a medida mais importante para prevenir cálculos renais. Utilize um filtro de papel quando houver a possibilidade de eliminar um cálculo. A análise de sua composição pode orientar o médico na escolha do tratamento mais adequado”. Ele alerta que o uso de medicamentos contra dor deve ser prescrito pelo médico. Alguns medicamentos são desaconselháveis para pessoas com problemas estomacais ou para gestantes.
O nefrologista também recomenda controle da ingestão de alimentos ricos em proteínas e cálcio, se os cálculos forem formados por excesso de ácido úrico ou cálcio. “Não se automedique nem faça o próprio diagnóstico. Procure atendimento médico, especialmente se tiver dores intensas nas costas ou no abdômen e sinais de sangue na urina”, enfatiza.
*Com informações da Pró-Rim