Saúde

Botox caseiro: Harvard revela alimento que combate efeitos da idade em 1 mês

Recentemente, Harvard destacou a cúrcuma como um alimento excepcional no combate ao envelhecimento

Foto: Jcomp/Freepik

Receitas caseiras, misturas secretas e até simpatias viralizam quando o assunto é antienvelhecimento. Profissionais da saúde afirmam que existem alguns cuidados que podem prevenir o envelhecimento precoce, seja ele mental ou físico.

 Mas, existe um hábito prático que é essencial nesse processo: alimentação. Ela desempenha um papel crucial no envelhecimento saudável, com a inclusão de alimentos antienvelhecimento sendo fundamental para desacelerar os efeitos do tempo. 

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Uma dieta equilibrada não só fortalece o sistema imunológico, mas também promove a saúde do cérebro e a vitalidade geral. De acordo com Dra. Elodia,cirurgiã plástica especialista em rejuvenescimento, o que comemos impacta diretamente nossa saúde celular e, consequentemente, nossa aparência e funcionalidade ao envelhecer. 

Alimentos antienvelhecimento são ricos em nutrientes essenciais — como vitaminas, minerais e antioxidantes — que ajudam a proteger as células dos danos causados pelos radicais livres, reduzindo assim os sinais de envelhecimento, tanto estéticos quanto funcionais.

Cúrcuma: o superalimento revelado por Harvard

Recentemente, a Universidade de Harvard, uma das instituições de ensino mais respeitadas do mundo, destacou a cúrcuma como um alimento excepcional no combate ao envelhecimento. Pesquisas indicam que o consumo regular de cúrcuma pode levar a melhorias significativas em várias áreas em apenas seis semanas. Entre os benefícios estão a prevenção da perda muscular, alívio de dores ósseas e até melhorias na função cognitiva, como a memória. Além disso, a cúrcuma é eficaz na promoção da circulação sanguínea e na redução dos níveis de colesterol LDL (o colesterol “ruim”).

Essas propriedades benéficas são atribuídas à curcumina, um polifenol natural presente na cúrcuma, amplamente reconhecido por suas potentes propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Estudos científicos têm respaldado esses efeitos, mostrando que a curcumina pode reduzir a inflamação no corpo e neutralizar os danos oxidativos.

Dra. Elodia Avila ressalta que não existe um único “superalimento” que funcione como uma solução mágica para o envelhecimento. Em vez disso, é essencial adotar uma abordagem holística, combinando diversos alimentos em uma dieta balanceada. “Incluir alimentos antienvelhecimento na sua dieta não impede que você envelheça, mas pode retardar o processo, preservando sua saúde e mobilidade”, afirma a especialista.

Ela adverte que não é eficaz consumir um desses alimentos ocasionalmente enquanto se mantém uma dieta rica em alimentos processados ou não saudáveis. A consistência e o equilíbrio são chaves para uma alimentação que realmente traga benefícios.

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ALIMENTOS ANTIENVELHECIMENTO

Cenoura: rica em betacaroteno, que se converte em vitamina A no corpo e oferece um forte efeito antioxidante, além de apoiar a função imunológica.

Frutas cítricas: limões, laranjas e acerolas são ricos em vitamina C, que não apenas ajuda na absorção de ferro, mas também é um poderoso antioxidante que combate os sinais de envelhecimento precoce.

Azeite de oliva: reconhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, o azeite de oliva é uma excelente fonte de gorduras saudáveis, que também contribuem para a saúde cardiovascular.

Frutas vermelhas: morangos, mirtilos e framboesas são particularmente ricos em antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres e protegem a pele contra o envelhecimento.

Vegetais de folhas escuras: espinafre, couve e acelga são fontes de cálcio, ferro e várias vitaminas (A, C e E), todos essenciais para a saúde geral e a prevenção do envelhecimento.

Nozes e sementes: ricas em ácidos graxos essenciais e vitamina E, contribuem para a saúde da pele e proteção celular.

A importância de um estilo de vida equilibrado

Além da dieta, Dra. Elodia enfatiza que um estilo de vida saudável deve incluir exercícios regulares, hidratação adequada, e práticas de manejo do estresse, como meditação ou yoga. Esses fatores, combinados com uma alimentação rica em nutrientes, podem promover um envelhecimento mais saudável e ativo.

Assim, uma abordagem nutricional diversificada e consciente pode ser a chave não apenas para melhorar a estética, mas também para garantir uma qualidade de vida superior à medida que os anos passam. Com a inclusão de alimentos como a cúrcuma e outros vegetais e frutas, é possível promover um envelhecimento mais saudável, mantendo a vitalidade e o bem-estar.

SAIBA QUAIS HÁBITOS ADOTAR (E EVITAR) PARA REDUZIR O RISCO DE DEMÊNCIA

Foto: Divulgação

*Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Controlar certos fatores de risco pode reduzir a possibilidade de desenvolver demência quase pela metade. É o que aponta uma atualização do Lancet Comission on Dementia, publicada no último dia 10 de agosto no periódico The Lancet.

O documento reúne as últimas evidências sobre o tema e lista os 14 fatores mais importantes para um envelhecimento saudável.

Também acrescenta duas novas condições envolvidas na perda cognitiva: o comprometimento da visão e altas taxas de LDL (conhecido como colesterol ruim), que não eram citadas no artigo anterior, publicado em 2020.

As recomendações vão ao encontro do que a ciência já conhece.

“Sabemos que 45% dos fatores de risco para demência podem ser prevenidos”, diz a geriatra Thais Ioshimoto, do Hospital Israelita Albert Einstein. São hábitos e cuidados que devem ser implementados desde a infância e que, ao longo da vida, ajudam a formar a chamada reserva física e cognitiva capaz de reduzir danos vasculares e neurológicos.

Segundo o artigo, a prevenção da perda cognitiva começa ainda na infância, com acesso à educação. Uma das explicações é que esse estímulo está associado a maior eficiência ou menor declínio no funcionamento das redes neurais. Mas é possível manter o cérebro estimulado a vida toda.

“Um bom estímulo cognitivo envolve aprender coisas novas. Não adianta ficar fazendo as mesmas palavras cruzadas, pois o cérebro já se acostumou e não há formação de novas conexões neurais. É preciso aprender algo novo, como uma nova língua, um novo esporte, um novo jogo, tocar um novo instrumento musical”, orienta Ioshimoto.

“Também é importantíssimo ter um propósito para a vida, como ver os netos crescerem, ser independente, realizar um sonho etc. Isso mantém o cérebro jovem e ativo.”

Também é preciso adotar bons hábitos, incluindo uma dieta saudável, fazer atividade física, não fumar e reduzir o consumo de álcool.

“Fatores conhecidos para prevenção de doenças cardiovasculares também servem para a preservação da memória”, avisa a médica. Sabe-se que condições que aumentam o risco cardiovascular, incluindo doenças crônicas como diabetes, colesterol alto, hipertensão e obesidade, estão associadas a danos nas artérias do cérebro e derrames.

Por fim, é preciso cuidar também da saúde dos olhos e dos ouvidos. A perda auditiva foi associada a um aumento do risco de demência pois, além de privar de estímulos cognitivos, pode acabar levando ao isolamento social e à depressão, dois conhecidos fatores de risco para demência.

Já a perda visual pode ser decorrente de doenças como o diabetes. Daí a necessidade de cuidados ao longo da vida para prevenir esses comprometimentos, como check-ups periódicos, procurar afastar as causas desses problemas e fazer o tratamento adequado, inclusive com uso de dispositivos auditivos, se for o caso.

Nos mais velhos, é essencial evitar o isolamento social, incentivando atividades em comunidade, por exemplo.

Os estudos mostram que todos esses fatores têm efeito protetor mesmo em portadores de genes associados à maior incidência de Alzheimer e em quem já tem alguma perda de memória.

“Claro que quanto mais cedo começarmos, maior será o benefício”, diz a geriatra. “Mas nunca é tarde para começar.”

O novo documento também lembra o impacto a longo prazo dos traumas na cabeça e enfatiza o uso de capacetes e equipamentos de proteção ao pedalar ou praticar esportes de contato. As últimas pesquisas sobre o prejuízo da exposição à poluição também ganharam destaque, com recomendações sobre a importância de maior contato com a natureza.

Demência e o envelhecimento populacional

Estima-se que 57 milhões de pessoas vivam com demência em todo o mundo. Esse número deve chegar a 153 milhões em 2050, em grande parte devido ao envelhecimento populacional.

De acordo com os especialistas, há potencial para reduzir esses números, mas isso envolve mudanças tanto do ponto de vista individual quanto de políticas públicas.

É preciso mudar os hábitos de vida e isso nunca é fácil. As pessoas erram ao querer fazer todas as mudanças ao mesmo tempo e não conseguir sustentá-las no longo prazo. Por isso, recomendo começar com uma pequena mudança no seu dia a dia, pois isso vai levar a novas mudanças”, orienta Thais Ioshimoto.

“Quando você muda uma pequena coisa e isso traz bem-estar, você se motiva para mudar mais coisas.”

Do ponto de vista de políticas públicas, é preciso investir em boa educação desde a infância. Estudos mostram que pessoas com maiores níveis educacionais têm menor risco de demência, provavelmente pelo maior estímulo cognitivo, e o próprio documento do Lancet cita alguns desses trabalhos.

Outras ações importantes seriam a conscientização da população sobre esses fatores de risco, criar facilitadores para uma vida saudável como maior acesso a alimentos saudáveis, incentivo à atividade física em todas as idades, centros de convivência para idosos, acesso aos serviços de prevenção de doenças, campanhas para cessação do tabagismo, entre outras”, sugere a médica.