Saúde

Altas temperaturas também são graves para a saúde dos Pets

Aumento da temperatura pode até mesmo estimular um quadro de hipertermia, condição grave que pode levar o animal a óbito

Foto: Divulgação
O aquecimento do corpo, compromete o funcionamento dos órgãos e em casos graves pode até levar o animal ao óbito. 

As altas temperaturas têm trazido uma série de desconfortos para os humanos, mas engana-se quem pensa que os pets também não sofrem com o clima extremo. Para os cães o calor pode gerar uma série de incômodos e até mesmo causar hipertermia.

O quadro é caracterizado pelo aumento da temperatura corporal a níveis perigosos para a saúde do pet. O aquecimento do corpo, compromete o funcionamento dos órgãos e em casos graves pode até levar o animal ao óbito.

“Como não possuem muitas glândulas sudoríparas, a regulação térmica dos cães é feita pela respiração. Por isso, quando o tempo fica seco e quente os animais têm dificuldade para manter a temperatura corpórea dentro dos níveis recomendados, entre 37,5°e 39,2°C”, explica o Médico veterinário e Gerente Técnico da Unidade de Pets da Ceva, Claudio Rossi.

Além disso, outros fatores podem estimular o quadro, como a cobertura de pelo, particularmente em raças de pelame longo, ou até mesmo naquelas com pelagem dupla, com pelo e subpelo. Os focinhos mais curtos, presentes em animais braquicefálicos, como os pugs, por exemplo, também são fatores que dificultam o arrefecimento corporal dos pets.

Por isso, é imprescindível que os tutores fiquem atentos aos sinais de alerta apresentados pelo cão. Entre os sintomas apresentados estão, respiração difícil e ofegante, excesso de salivação, fraqueza, vômito, falta de resposta aos estímulos do tutor, entre outros.

“Em qualquer situação na qual o animal esteja muito ofegante, com dificuldade respiratória, e pouco responsivo aos estímulos, o indicado é colocar panos e/ou toalhas úmidas na região dorsal, e levá-lo imediatamente para atendimento do veterinário”, afirma Rossi.

Para proteger os cães do calor excessivo e de casos de hipertermia existe uma série de medidas simples que os tutores podem adotar. “É imprescindível que o pet tenha acesso livre a água fresca. Já para alimentação o ideal é oferecer alimentos mais úmidos, e refeições sem excessos na quantidade”, conta Rossi.

No caso de animais que ficam no quintal, por exemplo, é importante que exista uma área coberta disponível para que o pet se proteja do sol. Já para os pets que ficam sozinhos em casa ou apartamento, o indicado é colocar ventiladores no local onde o cão estará, ou manter o livre acesso do animal as áreas com ar condicionado.

“Os passeios e atividades físicas também devem ser realizados sempre fora dos horários mais quentes do dia. A utilização de focinheiras, particularmente de nylon, é contraindicada”, explica Rossi.

Outra dica para os dias mais quentes é permitir o acesso do cão, sob supervisão dos tutores, a piscinas, rios, lagos, entre outros. A tosa dos animais de pelame longo também é uma medida simples que pode auxiliar os pets durante o verão.