Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o tumor na próstata mata um brasileiro a cada 28 minutos. O mesmo estudo informa que 28% dos homens acometidos pela doença morrem em decorrência dela. Por isso, o diagnóstico precoce do câncer de próstata é tão importante .
O tratamento é projetado individualmente para cada paciente de acordo com o seu quadro clínico. No estágio inicial e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, nessa fase é possível poupá-lo de algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos, em que a doença já apresenta o tumor localizado na próstata, a cirurgia, a radioterapia associada ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia- também conhecida como radioterapia interna- podem ser realizadas com boas taxas de resposta positiva.
Tratamento em casos avançados
Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados com excelentes resultados como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que é conhecida como radio isótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.
Luiz Gustavo Sueth Berriel é oncologista do Hospital Meridional, segundo ele, dúvidas de como tudo vai acontecer e quanto tempo vai levar são comuns entre os pacientes. “Além do susto ao receber o diagnóstico, existem também muitos mitos a respeito da doença. As próprias idéias erradas do paciente em relação ao câncer, as opiniões dos familiares, amigos e pessoas conhecidas, que começam a dar palpites e eles mais atrapalham do que ajudam”. O especialista ressaltou ainda que cada caso possui características diferentes, dessa forma, o tratamento também é conduzido de forma parcial. “Os principais tratamentos que temos hoje na oncologia é a cirurgia, a quimioterapia e radioterapia”.
Em casos cirúrgicos de retirada da próstata uma questão preocupa os homens: a disfunção erétil. Mas, o cirurgião urologista do Hospital Meridional, Cláudio Borges, explica que é possível remediar, tratar e que não deve ser algo que afaste o paciente do tratamento do câncer.
Neste ano, no Espírito Santo, foram realizadas mais de 243 cirurgias de câncer de próstata, as sessões de quimioterapia somaram mais de 14.900 e as de radioterapia passaram de 69.200.
Caso
Assim que recebeu o diagnóstico do câncer de próstata, o aposentado Francisco Souza dos Santos, deu incio ao tratamento. “Primeira fiz a cirurgia, depois fiz acompanhamento em conjunto com urologista e o oncologista e passei por uma avaliação pós operatória, onde o oncologista diagnosticou o melhor procedimento de continuidade de tratamento”, contou o aposentado.
Francisco passou por cirurgia e tratamento de radioterapia. Tudo durou aproximadamente um ano e atualmente faz apenas acompanhamento de rotina. Hoje em dia, o aposentado, que está curado do câncer de próstata dedica boa parte do tempo com sua esposa, cuidando dos pássaros, plantas e aproveitando as coisas simples.
Marli Xavier dos Santos, esposa de Francisco, agora respira aliviada com a recuperação do marido. “Nós já aproveitamos, vimos nascer nossos netos e bisnetos, hoje só temos a agradecer a Deus”.
O Jornal da TV Vitória preparou uma série com três reportagens especiais sobre o Câncer de Próstata. Abaixo, você confere o último episódio que fala sobre o tratamento da doença.