Fevereiro é o mês de combate ao câncer. O período tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doença, que mata mais de 9 milhões de pessoas por ano no mundo. Esse número aumenta a cada ano, e atinge crianças, jovens, adultos e idosos, sem discriminação.
“Estima-se que 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados com mudanças no estilo de vida. Adotar hábitos saudáveis, evitando a exposição a fatores de risco, é a principal maneira de se prevenir contra a doença. Os principais fatores de risco são tabagismo, alimentação não saudável, ingestão de bebidas alcoólicas, radiação, infecções, exposição ocupacional, agentes cancerígenos e sedentarismo”, disse a médica oncologista do Núcleo Especializado em Oncologia, Edelweiss Leite Soares.
“Diversos estudos já comprovaram as evidências entre o excesso de peso e o surgimento de alguns tipos de canceres, como o de cólon, reto, mama, ovário e próstata. Cuidar da alimentação é fundamental, é um ponto que merece atenção, pois evita não só o câncer, mas diversas outras doenças”, completou.
Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em média, 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Já os adultos são mais acometidos pelos canceres de pele, próstata, colorretal, mama, estômago e pulmão. A taxa de mortalidade em adultos também é alta, só fica atrás das doenças cardiovasculares.
Manoel Bessa, conta que começou a sentir dores nas costas, foi há vários ortopedistas e um deles pediu um exame de imagem e o encaminhou para o oncologista. “Foi um susto muito grande. Mas encarei todo o tratamento. Hoje não tenho mais a doença, mas foram várias etapas vencidas, dia após dia. Ainda não estou de alta definitiva, terei que fazer o acompanhamento por alguns anos”, disse.
De acordo com a médica, existem sintomas que podem ser observados em casa, e se persistirem, um médico deve ser procurado, alguns deles são: sangramento, dor óssea, caroços, perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna.
Com informações da Comunicativa.