Provavelmente, você já conheceu pessoas próximas, familiares ou até já ouviu falar no aumento do número de pessoas jovens (entre 20-40 anos) com câncer.
As estatísticas realmente confirmam o aumento expressivo do número de câncer nessa faixa etária nas últimas décadas. Especialmente câncer do aparelho digestivo como o câncer do cólon e reto, estômago e pâncreas.
Os números sugerem que o aparelho digestivo (especialmente o que comemos, bebemos e nosso estilo de vida) é o responsável por esse aumento expressivo dos casos de câncer em jovens.
Todas as gerações nascidas após a década de 50 apresentam um risco maior de desenvolver câncer na juventude do que a geração anterior. Acredita-se que isso seja um reflexo da revolução industrial no pós-guerra, com introdução maciça de alimentos ultraprocessados, condimentados, ricos em gorduras e açúcares, contendo metais pesados e até antibióticos. Esses alimentos em contato direto com o intestino, quebram as barreiras naturais de proteção contra o câncer e induzem mutações nas células intestinais precocemente, levando ao câncer em indivíduos jovens.
Outra linha de pesquisa investiga a contaminação dos alimentos com os microplásticos como possível causa. Dois outros grandes vilões conhecidos são a obesidade e o consumo de álcool. Não há dose diária de álcool segura quando se trata de câncer!
A boa notícia é que a maioria dos agentes estudados são modificáveis, ou seja, o controle da obesidade, interrompimento do uso de álcool, uma dieta rica em fibras e vegetais, com mínimo de carne vermelha e ultraprocessados é a chave para não cair nessa triste estatística.
Outra medida importante para a prevenção do câncer coloretal é a colonoscopia. Todas as pessoas a partir dos 45 anos devem fazer o exame. Aqueles que tem história na família desse câncer, ou que apresenta sangue nas fezes, fezes mais finas que o normal, ou diarreia que não passa, também deve fazer.
A máxima de que somos o que comemos parece realmente valer para o intestino.