Saúde

Casos de Alzheimer devem quadruplicar até 2050

Especialista em limitações e transtornos mentais fala sobre a doença e como retardar sintomas, para assim oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes

Foto: Pixabay

Além de um alerta sobre a fibromialgia e lúpus, o Fevereiro Roxo também chama a atenção sobre a importância do diagnóstico precoce do Alzheimer, doença que deve aumentar quatro vezes mais o número de casos nos próximos 30 anos, segundo a Academia Brasileira de Neurologia. 

Pedagoga especialista em limitações e transtornos mentais, com formação e experiência nos Estados Unidos, Claudia Laet, fala sobre a eficácia de métodos cognitivos, sensoriais e pedagógicos na prevenção da doença, assim como a importância da intervenção imediata dos casos recém-diagnosticados para diminuir o avanço da doença.

No Brasil, 1,5 milhão de habitantes já foram diagnosticados com o problema. Em 2050, esse número será aproximadamente de 6 a 7 milhões de indivíduos. Um crescimento acelerado que preocupa e que mostra que a população deve se preparar e se prevenir.

O Alzheimer caracteriza-se por ser uma doença de evolução lenta caracterizada pela perda de funções cognitivas como memória, atenção, concentração, linguagem e dificuldade em apreensão de novos conhecimentos. E é por isso, segundo Claudia Laet, assim como na maior parte dos distúrbios e enfermidades, as ações interventivas quando aplicadas precocemente contribuem para maior eficácia do tratamento e retardo no avanço da doença, e no caso do Alzheimer, exercitar a mente com atividades contínuas de aprendizado orientadas por um profissional é essencial para prevenção e tratamento.

“Descobrindo a doença precocemente, nós profissionais podemos atuar na aplicação de atividades que impeçam o avanço dos sintomas, desenvolvendo métodos de ensino que auxiliam na preservação da memória sensorial a curto e longo prazo, trabalhando diversas funções cognitivas e de forma individualizada com cada paciente, ajudamos a entender como cada um aprende, os tipos de estímulos a serem utilizados e outras modalidades, auxiliando no processo de aquisição e retenção de novos conhecimentos”, explica.

A pedagoga, que passou os últimos anos estudando e aperfeiçoando suas técnicas nos Estados Unidos, ainda alerta que quem possui casos na família, exames devem ser iniciados antes de atingir a terceira idade para acompanhamento. E a família e cuidadores de idosos, também são peça fundamental no diagnóstico precoce desses pacientes. ‘Lembre-se: quanto antes iniciar o tratamento, maiores são os efeitos positivos das atividades e mais qualidade de vida e bem-estar para o paciente e sua família que convive com o mesmo”, completa.