Nos últimos anos a terapia celular tem sido estudada como intervenção terapêutica para pacientes com autismo. O diretor técnico do Grupo Criogênesis e hematologista, Dr. Nelson Tatsui, explica que a condição se apresenta de diferentes formas e graus, que são decorrentes de fatores genéticos e ambientais. Dessa forma, o autismo compromete a comunicação social e restringe atividades e interesses.
“Embora não exista uma cura, alguns tratamentos podem contribuir para que a pessoa identificada com o distúrbio tenha uma melhora na qualidade de vida, como é o caso da terapia celular, que nos últimos anos tem sido estudada como intervenção terapêutica para pacientes com autismo”, informa Dr. Nelson Tatsui.
Pesquisa
Assim como o sangue do cordão umbilical, que vem apresentando importantes resultados clínicos no que diz respeito a diversas patologias, a polpa do dente de leite também tem se tornado uma grande aliada na terapia celular. No Brasil, pesquisadores do projeto Fada do Dente, da Universidade de São Paulo, extraem o material e buscam entender melhor seus efeitos para o autismo.
“É importante ressaltar que ainda que as pesquisas estejam em constante crescimento, já é possível perceber que o procedimento a partir das células-tronco já é uma esperança para famílias que enfrentam a situação do autismo”, finaliza Dr. Nelson.
Resultado
Estudos realizados na China mostram que 37 pacientes, com idades entre 3 e 12 anos, do Shandong Jiaotong Hospital e do Shandong Rehabilitation, foram submetidos ao tratamento e, no final da pesquisa, concluiu-se que a maior parte dos indivíduos monitorados demonstraram avanço em relações interpessoais, consciência corporal, dificuldade de fala, hiperatividade, entre outros aspectos.
Além disso, a Universidade de Duke, no estado de Carolina do Norte nos EUA, realizou um estudo com 25 crianças afetadas pelo TEA e 70% dos pacientes demonstraram melhoras nos sintomas como dificuldade de expressão verbal e não-verbal e comportamentos repetitivos.