Segundo a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), atualmente, 122 mil pacientes depende de diálise no País. De acordo com o diretor da associação, Leonardo Barberes, todas as partes interessadas no tratamento da doença são envolvidas em ações para pedir investimentos para atender pacientes com insuficiência renal. “Os pacientes estão envolvidos. As clínicas, médicos, enfermeiros, todos estão envolvidos”, ressaltou.
Diabetes e hipertensão
Leonardo Barberes destaca que o descontrole dos níveis de açúcar no sangue e a pressão alta são as duas maiores causas de comprometimento dos rins. “A diabetes e a hipertensão arterial são as duas maiores causas de insuficiência renal. Por isso que estamos verificando pressão e fazendo glicemia”, ressaltou o médico. Sem o diagnóstico adequado, esses problemas podem progressivamente causar lesões irreversíveis nos rins.
Repasses
O diretor da associação reclamou ainda dos atrasos no fornecimento de medicamentos e nos repasses para as clínicas que oferecem diálise. “O Ministério da Saúde paga em dia, apesar de ser baixo o valor. O grande problema é que muitos municípios atrasam, retendo quatro, cinco ou seis meses, um dinheiro que não é deles”, afirmou Barberes.
Outro problema enfrentado pelos pacientes, de acordo com o médico, é a irregularidade no fornecimento dos medicamentos para transplantados. Barberes diz que, em alguns estados, os remédios podem faltar por dois meses antes de voltarem a ser oferecidos, prejudicando os tratamentos. “O médico troca a prescrição dele para tentar adaptar. Essa é uma outra violência que a nefrologia sofre”.